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Lar, doce Lar!

A vida mais propriamente humana é a do nosso espírito. Não é a única que temos – mas é a mais essencial. Por isso, os animais não necessitam de um lar para viver – nós, sim!

Uma família constrói-se ao redor do lar. O lar é o âmbito de reunião da família por excelência. O lar é, como diz o dicionário, “o lugar onde se acende o lume na cozinha”.

Calor que reconforta. Mesa ao redor da qual nos sentamos todos. Convívio agradável e distendido que liberta de tantas tensões que a vida traz. Características fundamentais de uma verdadeira família que nos vêm à memória quando reflectimos sobre esta simples palavra de três letras.

Claro que pode não existir nenhuma lareira. E até podem faltar os aquecedores. Mas o que tem de estar presente é o “calor de lar” – temperatura que só nós podemos dar.

A indiferença é o melhor modo de gelar um lar. De dinamitá-lo pela raiz. Podem continuar a existir “quatro paredes caiadas e um cheirinho a alecrim”, mas o lar desaparece. Fica somente uma simples pensão – e nada mais.

É o lar que origina uma atmosfera de confiança e de perdão. Sem esse ambiente, não há nenhuma família que possa aguentar-se. E o lar são as pessoas que o criam e cuidam dele. Não surge automaticamente pelo facto de haver alguns indivíduos da mesma família que, por pura coincidência, habitam debaixo do mesmo tecto.

Ter experiência de o que é um lar é essencial para o homem actual encontrar a verdade sobre si mesmo.

 

Autor: Pe. Rodrigo Lynce de Faria
DM

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28 abril 2017