twitter

IV Gala do Desporto

Como já vem sendo hábito, a nossa sala de visitas foi invadida por desportistas engalanados, acompanhados de familiares e amigos, também vestidos a preceito. Enraíza-se a tradição de premiar quem faz de Braga uma cidade de campeões, no desporto e na vida.

Quem apenas acompanha clubes e atletas de maior nomeada não se apercebe de quantos campeões nacionais, europeus e mundiais possuímos, mas a realidade é que o sucesso no desporto bracarense é multifacetado. Do xadrez ao bilhar, do boxe à orientação (entre muitos outros) passando pelo desporto adaptado e pelos mais conhecidos desportos coletivos e individuais, viveu-se uma noite mágica no Theatro Circo com o acréscimo, nos tempos que correm, de ver um monumento nacional ser (o)usado convenientemente na valorização de heróis do desporto. A Gala terminou, como é hábito, com a eleição dos melhores em diferentes categorias, centrando-se a minha atenção em duas delas: Dirigente e treinador do ano. Na categoria de dirigente, com quatro nomeados, o problema era a escolha - se fosse um grupo do mundial de futebol, chamar-se-ia grupo da morte. Por conhecer o enorme e meritório trabalho de todos, sinto que esse facto valoriza, ainda mais, o vencedor, pois uma grande nau, baluarte do andebol nacional, o ABC, só superou uma grande tormenta devido ao enorme timoneiro que se manteve firme no leme – parabéns pois, Guilherme Freitas. Na categoria de treinadores foi premiado alguém que – dizem – entra diariamente no pavilhão a meio da tarde e fecha-o ao sair, partilhando a sua dedicação ao hóquei em patins, e o seu excecional conhecimento, com todos os escalões do clube. Parabéns Vítor Silva, extensíveis a Joaquim Peixoto (taekondo) e José Marques (Futebol de praia). Por fim, o momento mais aguardado, a entrega do prémio de mérito e excelência. Deixo um pequeno excerto do muito que se ouviu sobre o vencedor: “Que homem é este, que uma cidade, e um país, aplaude de pé…e de onde vem esta força que fez dele um campeão? Fintou o destino, riu-se da fatalidade, soma e segue no campo dos sonhos... Inteligente, humilde, sensato e corajoso, é um homem de força. Conquistou com a sua carreira o respeito dos seus, que somos todos nós. Os outros que se preparem pois o sonho deste bracarense continua”. A prolongada salva de palmas, com que o Theatro Circo, em pé, brindou o homenageado, mostrou a justeza do tributo para com este embaixador da nossa cidade. Foi amplamente merecido. Parabéns José Carlos Macedo. Por fim, e sabendo que Braga é Capital Europeia do Desporto em 2018, com a consequente realização de inúmeras provas/competições desportivas da cariz nacional e internacional, acredito que tal facto levará a um acréscimo de vitórias para atletas da região. Se acrescentamos as promessas de muitos premiados em voltar a subir ao palco no próximo ano, sugiro à Câmara Municipal que atempadamente pense em obras de ampliação do Theatro Circo para assim poder albergar todos os que mereçam marcar presença na V Gala do Desporto.
Autor: Carlos Mangas
DM

DM

17 novembro 2017