Esta é a m/homenagem a Dolores, paz à tua Alma. “Fee Fi Fo”, um hino contra a pedofilia, é uma música composta e cantada pela recentemente falecida cantora pop irlandesa, vocalista dos Cranberries, Dolores MARIA O’Riordan de 46 anos. Homenageada pelo próprio Presidente da República e 1.º Ministro da Irlanda que a consideravam “uma das melhores vozes de sempre do país”. Sofrendo de doença bipolar e de fortes dores na coluna, envolveu-se infelizmente no consumo de drogas. Sendo que, ao longo da sua carreira de fama mundial, acabou por declarar publicamente que fora abusada sexualmente entre os 8 e 11 anos de idade por um suposto “amigo de família”. Fee Fi Fo não é a música mais conhecida de Dolores, tendo inclusive uma outra, entre uma vasta discografia, que é uma belíssima ode aos seus pais de quem muito gostava: Ode To My Family, ou a famosa Zombie, um outro hino, desta vez contra a guerra e o terrorismo baseada em acontecimentos reais nos quais duas crianças morreram “colateralmente” por causa dum atentado do IRA, mas é uma música profunda que chama a atenção para a grave situação de abuso sexual de crianças um pouco por todo o mundo. Segundo dados da UNICEF, cerca de 2 milhões de crianças são sexualmente exploradas todos os anos, enquanto outros 2 milhões são mortas: http://www.sabado.pt/mundo/detalhe/dois-milhoes-de-criancas-sao-sexualmente-exploradas-todos-os-anos . Bem vindos ao Inferno! Um cancro que também é ético e moral e que envergonha a Humanidade. Além de, para nós, crentes, ser um pecado mortal, S.Mateus 18-19. Mas repelente também sob qualquer ponto de vista de respeito pelo próximo. Reza assim a perturbante música Fee Fi Foo, escrita por Noel Hogan/Dolores Maria O’Riordan: “Fee fi fo she smells his body/ She smells his body / And it makes her sick to her mind / He has got so much to answer for / To answer for, To ruin a child's mind / How could you touch / something / So innocent and pure / Obscure / How could you get satisfaction / From the body of a child / You're vile, sick / It's true what people say / God protect the ones who help themselves / In their own way / It's true what people say / God protect the ones who help themselves / In their own way / He was sitting in her bedroom / In her bedroom / And now what should she do / She's got so much insecurity / And his impurity It was a gathering gloom / How could you touch something / So innocent and pure / Obscure / How could you get / satisfaction / From the body of a child / You're a vile, sick / It's true what people say / God protect the ones who help themselves / In their own way / And I often wondered to myself: / Who protects the ones who can't protect themselves? / It's true what people say / God protect the ones who help themselves / In their own way / And I often wondered to myself: / Who protects the ones who can't protect themselves? / Fee fi fo[x4]”. Não vamos traduzir livremente tudo, excepto: “Tu és vil, doente”; “É verdade o que as pessoas dizem / Deus protege aqueles que se ajudam a si mesmos”; “E muitas vezes me perguntei a mim mesma: / Quem protege aqueles que não se podem proteger?” Uma percentagem muito elevada dos abusos são cometidos dentro das próprias famílias… Então, como pode permitir Deus bom que crianças inocentes sofram tanto? As crianças, os frágeis, os pobres, são parte de nós e o reflexo em si mesmo, ainda mais profundo, do sofrimento de todos aqueles que têm bom coração e na mesma sociedade. E como refere S.Mateus, 25,31-46: “Por sua vez, eles perguntarão: Quando foi que Te vimos com fome, com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos? Responder-lhes-á então: Em verdade vos digo: Sempre que deixaste de fazer isto a um destes pequeninos, foi a Mim que o deixastes de fazer. E estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna”. Aos Anjos da Guarda.
Autor: Gonçalo S. de Mello Bandeira
Hino de Dolores O’Riordan/Cranberries contra abuso sexual de crianças

DM
26 janeiro 2018