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Há alunos que merecem o nosso louvor (2)

Trabalham para o seu futuro, sabendo trilhar o caminho que os leva às metas pretendidas. Aproveitam tudo o que a escola lhes oferece, não desperdiçam como muitos que passam o tempo a lutar contra si próprios, brincando, desrespeitando aqueles que só querem o seu bem. 

Há hoje, na sociedade, um grande descrédito sobretudo na escola pública com tantos problemas para resolver que afetam, em muitos casos, o seu normal funcionamento. Tem havido falta de coragem dos Governos na incrementação de medidas estáveis, legislação capaz para que tantos flagelos desapareçam do interior dos estabelecimentos escolares. Locais que devem ser de educação, de formação de jovens que se desejam competentes, bem preparados para enfrentarem uma profissão com empenho, qualidade… e que se assumam como verdadeiros promotores de valores que dignifiquem a sociedade onde estão integrados.

A escola deve ser um espaço de respeito, de entrega, assumindo tudo aquilo que ela nos quer dar, todas as suas potencialidades, toda a sua grandeza e todo o empenho dos seus agentes educativos. A escola, posso garantir que, no seu todo, está preparada com os meios, materiais e humanos, para dotar os seus educandos de uma formação integral, mas é imperioso pôr toda a sua estrutura a funcionar em pleno:

Da parte do Governo, é urgente incrementar medidas de apoio aos professores; estabilização de medidas educativas consensuais que não sejam constantemente tomadas de acordo com a tendência política do partido ou partidos que ganham as eleições; acabar com um certo “egoísmo” do poder, sabendo aproveitar o que de positivo se fez e não andarmos ao sabor, apenas, das ideologias políticas; ouvir mais os professores, apoiando-os na sua tão nobre profissão para que possam, com dignidade, desempenhar as suas tarefas educativas;

implementar, de uma vez por todas, medidas em que a classe docente possa trabalhar sem atropelos de vária ordem, restabelecendo a autoridade nas escolas e o estatuto próprio de uma das classes motoras no incremento dos ideais valores de uma sociedade, sempre com o intuito de formar cidadãos competentes no sentido de manter e aperfeiçoar este nosso edifício que não pode, de maneira alguma, desmoronar-se; criar mecanismos que sancionem, drasticamente, todos aqueles alunos que perturbam o bom funcionamento dos estabelecimentos de ensino e que se tornam fermento de desestabilização para com os colegas que desejam aproveitar o seu tempo; dar mais horas livres aos coordenadores das escolas agrupadas para que possam dedicar-se mais, estando mais presentes para que os alunos “sintam” o espaço onde se encontram, cumprindo as regras estabelecidas.

Urge acabar com esse pesadelo nas escolas. Elas existem para formar pessoas e não devem ser um espaço onde entram fatores perturbadores desses objetivos tão nobres da sociedade. Teorias não faltam, ações não aparecem, porque ainda há casos muito graves que não podem, de maneira alguma, acontecer.

Da parte das escolas, também é necessária uma boa coordenação entre os seus órgãos administrativos e pedagógicos que proporcionem os meios para que haja um equilíbrio entre todos os agentes educativos. Os dirigentes, diretores e afins, devem manter-se vigilantes, sabendo atuar na hora certa, aparecendo, se for necessário, numa sala de aula ou em qualquer local escolar, para que a ordem na escola seja um dos fatores primordiais para o sucesso de todo o resto.

Da parte dos alunos/encarregados de educação, é importante haver respeito, acatando as diretivas dos professores e de todos os intervenientes educativos. Há casos em que os “paizinhos” contestam (e dizem aos seus educandos para não cumprir!) o próprio saber científico dos professores e de certas atuações pedagógicas. Pode haver falhas, mas, na dúvida, deslocam-se à escola e falam com o professor ou com qualquer outro educador, mas nunca dizer aos filhos para não acatarem os seus ensinamentos. Isso é deseducar!

Da parte dos docentes, também tem de haver uma atuação muito justa, uma empatia e tentar proporcionar um bom ambiente na sala de aula e no resto de todo o espaço escolar.

 

Autor: Salvador de Sousa
DM

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1 julho 2017