Tenho orgulho de ser Gualtarense porque apesar dos seus 15 séculos de história, a vertigem do desenvolvimento de Gualtar aconteceu através de um punhado de homens, que nos últimos 43 anos, fizeram de Gualtar uma referência de Braga e uma centralidade na zona nascente do concelho.
A memória e a história dos nossos antepassados levaram a que, em 2013, um punhado de Gualtarenses lutasse para que uma famigerada reforma administrativa não fosse avante, evitando, dessa forma, a destruição da coesão territorial e da identidade sócio cultural, por tantos Gualtarenses construída. Alguns apostavam nesta destruição e é importante, que nos momentos decisivos da história de Gualtar, tenhamos essa memória. Os atos individuais ou coletivos, de associações, clubes ou partidos políticos, responsabilizam quem os promove ou quem os defende.
Gostar de Gualtar é sentir o pulsar das pessoas, perceber os seus problemas e apresentar soluções e contributos que ultrapassem as dificuldades sentidas. Não gosto dos que usam a sua terra para fins inconfessáveis, muitas vezes ocasionais ou por mero oportunismo casuístico. Dizer mal da sua terra é como dizer mal da família, porque a nossa família também é a Freguesia onde nascemos, onde crescemos, onde vivemos e onde construímos a nossa felicidade.
Gualtar é uma terra hospitaleira, que soube ser Mãe para muitos Gualtarense que para cá vieram morar, atraídos ou não pela Universidade do Minho, mas atraídos por certo por uma terra de gente pacífica e amiga, com excelente qualidade de vida, tendo em conta os parâmetros de desenvolvimento nacionais.
Todos os que gostam verdadeiramente da sua terra, independentemente da sua ideologia, raça, cor ou credo, têm a obrigação de contribuir para a engrandecer, promover e enaltecer. É assim que se constrói a união de todos os Gualtarenses e nos torna numa sociedade mais participada; mais justa; mais solidária; mais democrática; e mais civicamente bem formada.
A todos os Gualtarenses que sentem Gualtar, é exigido que respeitem a memória dos seus antepassados porque, “um homem que não tem passado é um homem que não tem futuro”.
Autor: João Nogueira
Gualtar não será a “terra do leite e do mel”, mas anda lá muito perto

DM
29 setembro 2017