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Extinction Rebellion & Insustentável População Mundial?

A Rebelião da Extinção ou XR-Extinction Rebellion tem uma base política-social que utiliza a resistência não-violenta para impedir os colapsos do clima e ecológico, evitar a perda de biodiversidade e a extinção humana. Está em causa uma acção global que reclama desobediência civil pacífica na crise climática de modo a acabar com a extinção de espécies em massa. É uma pressão aos governantes e população em geral de modo a aumentar a consciencialização da crise climática. O Extinction Rebellion nasce no Reino Unido em 5/18 por 100 n/Colegas Académicos que apresentam um manifesto que apelou à acção em 10/18. Roger Hallam, Simon Bramwell e Gail Bradbrook entre outros do anterior grupo «Rising Up!». Em 11/18, verificam-se várias acções de desobediência em Londres, sendo que «não importa ir preso». A inspiração centra-se em movimentos como o de Gandhi, Luther King ou o OWS-Occupy Wall Street, protestando contra o capitalismo selvagem em Manhattan, Nova Iorque. Ou ainda das «sufragistas», contra a então não existência de voto das mulheres. O Extinction Rebellion tem pretensões mundiais na procura dum sentido comum de urgência real na prevenção do visível colapso climático. Só para se ter uma ideia, «a velocidade e extensão do presente aquecimento global excede qualquer evento similar nos últimos 2000 anos»: https://www.bbc.com/news/science-environment-49086783 , 24/7/19. Ou seja, desde Jesus Cristo! Aliás, vários líderes, entre anónimos, cristãos, alguns inseridos em movimentos de inspiração religiosa, aderiram com entusiasmo ao Extinction Rebellion, praticando acções e omissões de desobediência civil pacífica: v.g. https://www.churchtimes.co.uk/articles/2019/18-april/news/uk/christian-rebels-join-climate-action-protests-in-london , 15/4/19. Movimento ao qual os religiosos islâmicos, em união, não são indiferentes: v.g. https://www.opendemocracy.net/en/transformation/extinction-rebellion-and-new-visibility-religious-protest/ , 12/5/19. Assim como já contam com apoio de movimentos judeus organizados: https://rebellion.earth/event/xr-jews-at-international-rebellion/ , 24/7/19. Para Portugal, uma sugestão: o Estado deve financiar mais a compra de carros eléctricos, ainda demasiado caros e com poucos postos de abastecimento. E que tem isto a ver com o crescimento da população mundial? Bem, sou por regra contra o aborto (salvo perigo de vida para a Mãe, violação e mal-formação do feto), sem ser a favor todavia da sua criminalização nas primeiras semanas. Há outras sanções: coimas ou confisco dos bens, etc.. É certo que a população tem diminuído em Portugal colocando em causa a própria independência nacional a médio prazo, é certo que a Europa ocidental e o Japão padecem do mesmo problema, mas quando desde há anos observamos as estatísticas em tempo real mundiais e vemos que a população mundial em 1955 era de cerca de 2,772,242,535 de pessoas e é agora de 7,714,576,923 (!), sendo que por exemplo somente hoje (25/7/19, pelas 14.25Hrs) estão a nascer cerca de 231 mil pessoas e a morrer 97 mil (paz às suas almas), cedo percebemos que os recursos terrenos mais básicos muito mais cedo do que se pensa vão terminar já em breve. E, não sendo profetas nem pessimistas, é cada vez mais nítido que vão aumentar – e já há – lutas e guerras por esses recursos. A velocidade e dimensão de crescimento populacional mundial é, sem qualquer sombra de dúvida, insustentável na Terra. Desde logo porque implica um aumento de consumo e lixo a todos os níveis que não é suportável como reciclagem em termos de tempo e espaço terrestre. A solução poderá estar na construção de estações espaciais e habitação doutros planetas ou a grandes profundidades. O que, por infelicidade, criará diferenças maiores entre as pessoas. Nada que a ficção científica já não tenha previsto. Nada que um dos maiores naturalistas mundiais, David Attenborough já não tenha alertado. Agora some-se tudo: uma contraditória bomba relógio. Esperança.
Autor: Gonçalo S. de Mello Bandeira
DM

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26 julho 2019