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Existe, de facto, o diabo (Demónio, Satanás, Belzebú…)?

Novos tempos, novas verdades (como se tal fosse possível). E o que antes era verdade, mesmo definida como tal, agora, nestes tempos de relativismo endeusado e de “verdades” efémeras, já nada fica sem lhe tocar e destruir. A verdade, para esses pensadores, é tudo o que se usa para a demolição da Verdade.

Como sou ignorante, fui procurar apoio a fontes credíveis. Vamos a uma curta selecção:

 1. Começo com S. Pedro, 1.ª Carta  (9): “Sede sóbrios e vigiai, pois o vosso adversário, o diabo, como um leão, anda a rondar-vos, procurando a quem devorar. Resisti-lhe, firmes na fé…".

 2. “…a maior artimanha do diabo é de persuadir-vos que ele não existe!”
( Baudelaire, in Poésies )

 3. Catecismo da Igreja Católica (última versão oficial): “o Mal [na petição do Pai Nosso “mas livrai-nos do Mal”] não é uma abstracção, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus.” (§2851)

 4. Papa Paulo VI: O mal não é apenas uma deficiência, mas uma eficiência, um ser vivo, espiritual, pervertido e perversor. Terrível realidade. Misteriosa e pavorosa. Sai do quadro do ensino bíblico e eclesiástico quem se recusa a reconhecer a sua existência (…) ou quem a explica como uma pseudo-realidade, uma personificação conceptual e fantástica das causas desconhecidas das nossas desgraças. (Audiência Geral, 16 de Novembro de 1972).

 5. S. João Paulo II  (Fevereiro de 2004): “Somos chamados a uma luta decidida contra o diabo. Só assim, com renovada visão da vontade de Deus, podemos ser fiéis à vocação cristã de ser testemunhas do Evangelho”.

 6. Papa Francisco: “E pensar que nos queriam fazer crer que o diabo era um mito, uma figura, uma ideia do mal! Ao contrário, o diabo existe e nós devemos lutar contra ele. São Paulo recorda: é a palavra de Deus que no-lo diz! Mas parece que não estamos convencidos desta realidade”. (30 de Outubro de 2014)

 7. Evangelho, mais uma vez: “Para isto é que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do Diabo” (1Jo 3, 9)

 8. Enciclopédia Católica Popular  (Dom Manuel Falcão, Paulinas, 2004): “… Mas no Novo Testamento os dois termos (Satanás, 36 vezes, e Diabo, 34 vezes) identificam, em geral, um poderoso inimigo de Jesus Cristo, arrastando na sua luta contra Ele os demónios, de que é chefe …”.
 
9. Idem: Ele (o Diabo) foi criado bom e livre por Deus, mas no instante da criação, ele e outros anjos recusaram irremediavelmente submeter-se ao Criador e foram expulsos do Céu. O Diabo é pecador desde o princípio e pai da mentira”.

 10. Depois, ainda me lembro, e rezo todos os dias, da oração a S. Miguel Arcanjo, composta pelo Papa Leão XIII, que não foi nem interdita nem anulada. Nela se pede que o Arcanjo nos livre das “insídias e ciladas do Demónio"… "e de outros espíritos malignos que andam no mundo para perdição das almas".

O pai da mentira, o grande divisor, anda à rédea solta e sai afagado de onde menos seria de esperar.
Mas o Diabo existe! O Diabo existe, não é uma metáfora.

Como é possível que vozes autorizadas não ponham cobro a tanto dislate de tantos entusiastas, defensores e pregadores do grande divisor!

Quem sabe se tantos teólogos não deveriam rezar mais, em silêncio, e deixarem-se de tanta espúria verborreia revestida de erudição que só a eles, verdadeiros iniciados, interessa. E só interessa para confundir os crentes que cada vez mais "saltam" fora.

Por mim, pobre ignorante me confesso, sinto-me bem acompanhado pelos Papas e por toda a verdadeira doutrina da Igreja.


Autor: Carlos Aguiar Gomes
DM

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9 agosto 2017