Portugal está ligado à FISU desde os primeiros tempos, e em 70 anos de história, muitos foram os atletas/estudantes portugueses que participaram nas Universíadas de Verão, com destaque para os medalhados de Ouro em diferentes edições, falamos de Alexandre Yokochi (1987, Natação), Pedro Soares (1999, Judo), Jéssica Augusto (2007, Atletismo), Nelson Évora (2009 e 2011, Atletismo), Sara Moreira (2 medalhas em 2009, Atletismo), Alberto Paulo (2011, Atletismo), Fernando Pimenta (2 medalhas em 2013, Canoagem) e a Seleção Nacional Universitária de Andebol (2015), esta última, com um título inédito, constituindo-se como a primeira medalha alcançada numa competição coletiva.
Portugal conta ainda no seu historial desportivo, com 12 medalhas de prata e 9 de bronze, e com exceção de 2 de ouro e 1 de bronze, todas foram alcançadas após a fundação da Federação Académica de Desporto Universitário em 1990. A próxima edição, realiza-se na Cidade de Taipé, na segunda quinzena de agosto, onde a Missão será liderada por Susana Feitor (Atletismo, Marcha), medalhada com prata, na Universíada de Pequim (2001).
A FISU, para além dos mais de 30 campeonatos mundiais universitários, que realiza em anos pares, no ano da Universíada de Verão, organiza também a sua versão de inverno, evento que terminou esta semana, em Almaty, no Cazaquistão, e cuja edição é a 28.ª, ou seja, 56 anos de realizações. Este ano, foi batido recorde de participação, com 57 países de todos os continentes, mais de 2.500 participantes, e vindos de 545 Universidades.
Neste caso particular dos Desportos de Inverno, Portugal não apresenta tradição de participação, tendo estado apenas presente com atletas em 2 edições, sendo a última em Jaca (Espanha), em 1995, com um dos melhores atletas de sempre do Esqui nacional, Pedro Flávio, que esteve recentemente nos últimos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, na Rússia, na qualidade de Vice-Presidente da Federação de Desportos de Inverno.
Certamente que os responsáveis desta Federação e da Federação Académica do Desporto Universitário, estarão dispostos a equacionar uma participação em 2019, em Krasnoiarsk (Rússia), visto esta competição ser efetivamente um excelente momento de preparação para as provas maiores dos Esqui Mundial, nomeadamente os Jogos Olímpicos e os Campeonatos do Mundo.
De Almaty 2017, ficará mais um momento de excelente organização de 12 desportos diferentes, de neve e gelo, e um legado que se preocupou em preparar os atletas do país organizador a médio e longo prazo, que renovou e modernizou as instalações desportivas para servir a comunidade e o ensino superior, e que, deu uma imagem de excelência, tornando o País mais forte e competitivo no Turismo, na Economia, e no principalmente no Desporto.
Autor: Fernando Parente
