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Eucaliptos, Chorões e… Carvalhos

Ainda não há muito tempo abordei o caso dos eucaliptos incendiários, na floresta e no… futebol. Talvez por serem conotados de ignição fácil e causadores de grandes desgraças, os ditos eucaliptos (do futebol) influenciados pelo espírito carnavalesco do Halloween, aprenderam a disfarçar-se de Chorões. Após consulta no Wikipédia percebi que estas “salix babylónicas” terão aparecido na era terciária (três… óbvio) e podem ter porte considerável de longos ramos (abrangendo todo o país – digo eu). O que eu não sabia é que os Chorões eram individualistas e egoístas sentindo-se sempre prejudicados comparativamente a outros Chorões e, quando isso acontece, choram mais ainda. Cada um entende ser válido o seu motivo de choro, desdenhando e menosprezando sempre, o motivo do choro do vizinho. Atualmente, há um que chora porque vendeu alguns dos seus ramos mais frondosos e, devido à falta de proteção e substituição dos mesmos, tem sido atingido por raios (leia-se golos) em catadupa principalmente quando compete em “florestas” internacionais, estando muito mal classificado no seu grupo. Atrás deles, dizem os outros Chorões, está apenas a equipa da judiciária. Outro chora porque se lesionam alguns ramos fundamentais e não confia nos inúmeros ramos adquiridos no início de cada época, a seu pedido, com determinadas caraterísticas, para substituir os mais velhos. A culpa é sempre dos novos ramos, mantidos em estufa e acusados de não absorveram conveniente e atempadamente o conhecimento tático adequado, só sendo usados quando os mais velhos, como aconteceu agora, partem, devido a uso excessivo. Por último, um Chorão que aceita e reclama chorudos euros das TVs para mostrar os lindos ramos, depois, quer fazê-lo só quando dá jeito. Tendo jogado para a Champions em casa, queixa-se por ter de jogar três dias depois, no mesmo local, para a Liga. O que dirá então um “Carvalho-alvarinho” minhoto que se mostrou internacionalmente na Bulgária, ontem, 5.ª feira e é obrigado a fazê-lo novamente, já no domingo, em Lisboa? Não diz nada, e sabem porquê? Porque já está habituado a ser descriminado (e não, como pretendem fazer crer, a descriminar) e também porque o tronco do carvalho vermelho é forte, direito e alto, e dele saem ramos vigorosos (Wikipédia), pelo que, como habitualmente, resta-lhe usar, em alternância, diferentes ramos e tentar aguentar as tempestades. Voltando aos Chorões, e uma vez que a Bíblia serviu (indevidamente) para justificar um acórdão em tribunal, entendo, num artigo deste género, poder recorrer também ao Livro Sagrado onde, e a propósito dos Chorões, se lê: “ De acordo com a lei oral do judaísmo, não têm nem cheiro nem gosto e simbolizam os pecadores”. Não podia estar mais de acordo, pelo que deixo uma sugestão, quando os ouvirem chorar, mandem-nos ler a Bíblia para que percebam quem são e que há quem tenha sofrido (e continue a sofrer) muito mais. PS – Mais um jogo europeu, fora, sem conhecer a derrota. Um caso de estudo este… Carvalho-alvarinho…
Autor: Carlos Mangas
DM

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3 novembro 2017