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Estar do lado certo

Devemos ser interpelados por estes sofrimentos e agir em conformidade. Uma forma muito próxima consiste em ajudar quem necessita e se não diretamente através de esmolas, pois estas não costumam resolver problemas, então através de apoio a entidades de solidariedade que auxiliam quem precisa a nível local, nacional ou internacional.

Outro modo de manifestar preocupação é lutar por uma sociedade mais justa e, desde logo, por uma economia de partilha e não de consumo. Custa-me ver  a exibição de tantos bens de luxo quando tantos não têm os bens essenciais. Custa-me ver os supermercados cheios de alimentos que estão à espera do fim do prazo de validade para irem, na sua grande maioria, para o lixo.

Acredito que, se os bens que produzimos fossem devidamente distribuídos a nível nacional e internacional, a fome e a sede não teriam lugar, ou pelo menos não seriam um grave problema para milhões e milhões de pessoas.

É certo que não é fácil construir uma sociedade justa, nem sequer fazer chegar, muitas vezes, os bens essenciais a quem deles necessita. Mas alguém tem dúvida que se houvesse vontade forte dos cidadãos e com eles dos governantes a nível nacional e internacional tais objetivos seriam conseguidos?

Lutar pela Paz é outra preocupação que devemos ter. Ajudar, pelas formas que estiverem ao alcance de cada um de nós, os que trabalham pela Paz.

Neste domínio há um problema que nos envergonha a todos que é a venda de armas Alguém tem dúvida que se houvesse vontade forte a nível nacional e internacional (e nesta coisa das armas os países que as produzem e vendem estão bem identificados e são países ricos) as guerras seriam menos duradouras e menos horrorosas? Muitos sentirão a impotência para lutar contra tão grandes males. Mas se pensássemos no que cada um de nós pode fazer (e o fizesse) e não no que os outros podem fazer, estou seguro que o mundo mudaria para muito melhor.

É tarefa de cada um de nós estar do lado certo. Do lado da Paz, da dignidade de todas e de cada uma das pessoas.


Autor: António Cândido de Oliveira
DM

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12 janeiro 2017