Estacionamentos, Cidadania…

Várias as vezes se ouve dizer que isto agora já não é o que era, que as pessoas já não têm a educação de antigamente, que a malta nova tem falta de valores, enfim que o mundo está muito mudado. Ao que acrescentaria que há por aí muito cidadão (masculino ou feminino sem discriminação) que eventualmente anestesiado(a) com as coisas fúteis que escrevem e lêem nas redes sociais, turvam-lhe as ideias, pois se há novos com deficiente educação também os há já mais entradotes na idade que deixam muito a desejar. Em síntese apetece-me dizer que a educação ou vem desde o berço ou dificilmente se adquire. Esta pouca educação de alguns munícipes desta cidade, que se pretende ver como a terceira cidade do País, verifica-se nos mais diversos aspectos da vida quotidiana como seja deitar lixo (papéis, garrafas, cuspir, etc.) para o chão, atravessar por cima da relva quando o passeio está mesmo ali ao lado, levar os seus animais de estimação a passear quantas vezes conspurcando o espaço público e prejudicando quem nada tem a ver com isso, estacionar a viatura em qualquer sítio ainda que isso estorve ou ponha em causa a mobilidade do vizinho, etc. etc. Relativamente ao estacionamento indevido de viaturas, permitam-me constatar, particularizando, o que se vem passando numa artéria da cidade situada na nova urbanização de Infias (próximo da “Volvo”) concretamente na Rua Cónego Luciano Afonso dos Santos, num espaço que tendo sido criado, e bem, para o estacionamento de condutores portadores de deficiência, verifica-se no dia-a-dia nas mais variadas horas, mas muito especialmente quando os lugares de estacionamento escasseiam, que cidadãos há que, em vez de procurarem outro local para o fazer (nomeadamente a sua própria garagem) é vê-los colocar abusivamente (conforme as fotos acima mostram) os respectivos veículos no espaço concebido para os cidadãos portadores de deficiência. Verifica-se que sendo maioritariamente sempre os mesmos, sem qualquer dístico identificativo na viatura, é vê-los aparentemente sem qualquer deficiência (a não ser de educação e civismo) prevaricar, pelo que se impunha por um lado da parte destes mais respeito pelos outros, da parte das autoridades que estivessem mais atentas, não só a isto mas também à forma reiterada e abusiva como muitos condutores naquela artéria estacionam em cima das curvas, em cima da relva, em segunda fila não cumprindo obviamente as regras do código da estrada e muito menos as regras elementares de boa educação e cidadania.
Autor: José Carlos Almeida