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Ser cristão é estar sempre em missão. Em todo o tempo e em toda a parte, é para a missão que tem de estar (sempre) voltada a nossa acção.
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Esta é a maior urgência. Só que, muitas vezes, parecemos «cristãos em sonolência». Andamos muito acomodados, em estado de letargia. E nem sequer reparamos que, em cada instante, Jesus nos envia (cf. Mc 16, 15).
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Chegou, por isso, a hora de despertar (cf. Rom 13, 11). É o momento de cada um à missão se entregar. A missão não é difícil de descrever. E é imensamente bela para viver. A missão consiste em «levar» e «trazer». Está, pois, em missão quem «leva» e «traz». O cristão é aquele que «leva» Cristo a todos e procura «trazer» todos para Cristo.
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É claro que a resposta pode não vir de todos. Mas a proposta não pode deixar de chegar a todos. Num tempo em que a vergonha desapareceu, não tenhamos vergonha de falar de Cristo, em propor o seguimento de Cristo.
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A missão só se faz por inteiro quando colocamos o anúncio de Cristo em primeiro. Caso contrário, não saímos dos preâmbulos, dos intróitos e dos projectos. Já temos numerosas palavras sobre a missão. Assim sendo, é hora de avançarmos para a missão.
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Do mandato missionário de Jesus (cf. Mc 16, 15), não basta reter o «ide» nem tão-pouco memorizarmos o «ide por todo o mundo». É preciso ir por todo o mundo «anunciar o Evangelho». Só assim é que o mandato está completo, embora nunca concluído.
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O anúncio do Evangelho de Jesus – e do Jesus do Evangelho – é um trabalho permanente, extenso e intenso. É um trabalho para toda a vida e para envolver a vida toda: por dentro e por fora, no contacto pessoal e na actividade comunitária, para os outros e com os outros.
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Este anúncio tem a forma de testemunho. Só quem vive Jesus está em condições de ajudar a viver Jesus. É a presença de Jesus em nós que nos impele a fazer o que Jesus fez: a dar a vida pelos outros.
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O mundo será uma fraternidade se ao Evangelho guardarmos fidelidade. Aquele que Se apresentou como Servo – e Servidor – (cf. Lc 22, 27) é quem mais nos habilita a construir a (tão desejada) «civilização do amor».
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O serviço é o grande conteúdo da missão. Mobilizemo-nos para ela a partir do mais fundo do nosso coração. Nunca paremos de servir. E a Jesus estaremos sempre a seguir!
Autor: Pe. João António Pinheiro Teixeira