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Eleições SCB: Os sócios…já ganharam

Ganharam direito a serem reconhecidos e respeitados; viram o clube ganhar espaço nos media com assuntos diários de visitas e ações de campanha; é-lhes permitido visitar (quase) semanalmente a (futura) Academia; recebem atenciosas chamadas do clube a questionar a sua satisfação com os serviços prestados, informando-os que nunca foram nem serão esquecidos, veem o presidente no relvado em todos os intervalos dos nossos jogos, e, quatro anos depois, renovaram o direito de decidir o futuro (presidente) que querem para o clube.

Ou seja, vitória em toda a linha. Sendo sócio também, dei comigo a percecionar nos candidatos, traços de alguma semelhança com (ex e atuais) Presidentes da República. Senão vejamos: Cavaco Silva, sem grandes sorrisos, propenso a falar essencialmente de números, com manifesta alergia a discursar e interagir com multidões ou adversários e anunciando o dilúvio caso os seus “mandamentos” não sejam seguidos, não lembra alguém?

António Pedro Peixoto, que enquanto jogador sempre primou por uma relação de afetos com os adeptos, quer pela postura em defesa do símbolo, quer pela garra em defesa da equipa e por praticamente fazer com que todos os colegas interagissem e agradecessem o apoio dos sócios, e adeptos, no decurso ou no final dos jogos. E agora que já não joga, a postura de relação de proximidade mantém-se, pois nos jogos a que assiste, senta-se (e sente-se) à vontade no meio dos adeptos e valoriza-os, independentemente do extrato social como mostra a sua (a apresentar amanhã) Comissão de Honra. Não lembra alguém, em Belém?

Por tudo isto, não estranho também que em pleno período de campanha eleitoral, um se sinta perfeitamente à vontade e outro tenha dificuldade em parecer (ou ser) o que não é. E os sócios, entretanto, divertem-se com a campanha e murmuram entre dentes “devia haver eleições todos os anos”. 

Mas, sendo os sócios e adeptos o maior património de qualquer clube, uma medida para recuperar os que entretanto se “perderam”, e que alguém está pronto para colocar em prática, passa por cativar novamente as crianças (isentando-os de cotas) e promover a reintegração na família (respeitando a numeração atual) de todos os que, por um ou outro motivo, deixaram de lhe pertencer, aceitando-os, qual filho pródigo, sem qualquer custo adicional. 

(Qual a lógica de penalizar quem já contribuiu para o clube, obrigando-o a pagar meses/anos em que não usufruiu dos benefícios, contrariamente a quem nunca foi sócio, e se inscreve pela 1ª vez?)

Têm a palavra os sócios, dia 27 de maio…


Autor: Carlos Mangas
DM

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19 maio 2017