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Educação e cultura

É por certo um tema preocupante para todos os portugueses, mesmo quando sucessivos governos, académicos e intelectuais, manifestam opiniões nem sempre coincidentes, e que depois servem mesmo para produzirem alterações que em nada servem, antes criam instabilidade social.

Apesar da própria Constituição referir linhas de conduta aludindo à liberdade de criação cultural, direitos e deveres culturais, educação, ensino, como incumbências do Estado em áreas sensíveis que visam a formação do indivíduo, continuamos a ter um sistema com problemas que procura o rumo certo.

Mas vamos abordar casos concretos da nossa cidade. Educação é também comportamento, princípios, valores transmitidos e adquiridos na família, no dia a dia do relacionamento social, no rigor, na disciplina e respeito pelo outro.

Nos últimos tempos vi com agrado jovens a circular em veículos de duas rodas, mesmo competindo entre si, mas com cuidado para não atropelarem os cidadãos. De repente, porém, outros surgiram por vezes com alguma velocidade e sem o cuidado necessário para evitar colisões com quem circula a pé na via pública.

Nada tendo contra quem utiliza estas novas formas de circular no meio dos cidadãos, mesmo os que utilizam "tábuas" com rodas contra as nossas canelas! Parece evidente ser necessário impor regras de conduta, para evitar e prevenir acidentes que podem causar lesões e aborrecimentos a quem serenamente se desloca no espaço pedonal existente na cidade.

Podem os defensores das"modernidades" argumentar que estes espaços são públicos e que as novas formas de circular sobre rodas são amigas do ambiente e até habituais nos países desenvolvidos. Pode a Autarquia achar tudo isto normal e útil, mas sejamos prudentes e capazes de regrar essas situações, antes que alguém não ache graça nenhuma ao sentir uma agressão física às suas pernas, por um desses veículos.

Educação e cultura é também civismo e respeito por quem, afinal, sendo cidadão, utiliza as ruas e passeios da cidade para trabalhar ou mesmo passear. Será que o vale tudo chegou à cidade? Sinceramente acho que não.


Autor: J. Carlos Queiroz
DM

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8 outubro 2019