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Ecos de 2019

1 – Os torpes da política nacional, não dizem que só em Novembro passado (2018) a dívida aumentou 400 milhões de euros, totalizando-a em 251,48 mil milhões de dívida pública. Perante tal descalabro económico, caloteirice e politica/partidária ruinosa…, Portugal não anda à deriva? Estou que sim! (Janeiro) 2 – Nas televisões, como se constata, passa por lá gente perversa, depravada, isto é, pessoas ligadas a crimes variados, de ideias tiranas e, são entrevistados, dão-lhes guarida a qualquer hora do dia e o povo, pobre povo, tem de os ver e ouvir. (Janeiro) 3 – Foi numa prisão/hotel que permaneceu Sócrates, preso nº 44, na prisão de Évora. Recebia permanentemente visitas, organizavam-se autênticas peregrinações ao preso. Obtinha informações, correspondência recebida/enviada, horas de descanso e, quando saiu, pesava os mesmos 82 quilos com que entrou. Sócrates foi um preso feliz em Évora. (Janeiro) 4 - Os negros da Jamaica da América Central, foram despejados/forçados a povoar a Jamaica pelos Ingleses, porque escravos, e trabalharem na cana-de-açúcar, no cacau, café, milho, mandioca, etc. Os nossos “jamaicanos do Seixal” não foram obrigados a nada. (Fevereiro) 5 – Sabe-se que a guerra, qualquer que seja e onde, é fruto dos teimosos, dos frustrados e dos egoístas. A guerra é um lugar onde jovens não se conhecem, não se odeiam e se matam entre si, por decisão de velhos que se conhecem, se odeiam mas não se matam. (Abril) 6 – Não há horários de trabalho decentes: trabalha-se 24 horas por dia; não se atende a feriados, dias santos ou Domingos. Não há justos salários, pois uns recebem pouco mais de 400 euros e outros recebem milhares de euros na mesma empresa pública ou privada. Não há respeito por ninguém, promoção na vida social e muito mais se pode afirmar. (Abril) 7 – “Estamos e somos da Europa pela herança cultural comum”, dizem-nos. Também pelas asneiras comuns, por anarquias comuns, por ondas cor-de-rosa comuns, mas e sobretudo porque é por Camões, Pessoa, Picasso e tantos outros que “somos e estamos” na Europa: sofrendo ou engolindo, envergonhados ou não. (Maio) 8 – Dinheiro não há para haver justiça social, mais investimentos, melhores salários, menos desempregados, menos pobres, para poder existir, assim, uma classe média estabilizada. Mas o primeiro ministro António Costa, vá-se lá saber porquê ou por alma de quem, apenas tem dinheiro para engordar a Banca e olvidar os predadores bancários e outros.(Maio) 9 – Os mais de 40 anos de democracia nesta III república, tem sido forte e corajosa, mas não estamos livres de populismos, de forças radicais ou totalitárias, de partidos políticos que não podendo caçar o poder com o cão, tem-no procurado obter com o gato, como fez António Costa para ser primeiro ministro. Os portugueses têm de estar atentos a esta género de democracia! (Maio) 10 – Há arcaísmo nas campanhas eleitorais. Se atentos, quem são os acompanhantes dos tratantes, isto é, dos que tratam da política em campanha? Geralmente são sobrinhos, primos, tios, empregados de partidos, etc. É que enquanto os candidatos apanham couves nas hortas e lixo nas praias para o eleitor ver, não formam e muito menos informam. (Junho) 11 – É saudável a existência de partidos políticos para exercerem o poder em nome do povo pela força do voto. Doentio é saber-se que um partido político pode ser uma máquina de fabricar uma paixão colectiva, uma organização a exercer pressão colectiva sobre cada um dos seus membros e, ter, por única finalidade, o seu próprio crescimento, mas nunca o “crescimento” e o bem do povo. (Julho) 12 – O povo, todos os povos, têm o direito de saber, de analisar, de estudar a sua história, os seus destacados lideres, quer pela positiva ou negativa. Só desta forma se é povo, responsável e culturalmente livre. (Agosto) 13 – Publicitam os feitos/confeitos desta legislatura. É alegre mesmo! Com números e sorrisos através das televisões, onde se soma o que não se fez, mas muito o que prometem fazer. Há projectos, datas e estudos, porque o Governo da “geringonça” não pára e, o povo, embora se alimente de chicharros congelados, arrotam a lagosta, insinuam eles.(Setembro) 14 – Vivemos em normose – em normalidade – da vida nacional, na atitude dos políticos que dizem representar-nos. Não substituem a normose doentia que a todos esmaga. Não são diferentes, não são originais: insistem em ser Zaqueus sem carácter, ou água contaminada que tudo seca por onde passa. (Setembro) 15 – Não sou tão velho que tudo saiba ou que pense nada mais aprender, nem tão novo que pense poder endireitar o actual mundo maluco. Todavia, desde que me conheço nunca aceitei ser peça de adorno ou pessoa se deixe garrotear por mãos sem dedos, por pernas que caminham ao contrário ou por cegos que não lêem o mundo. (Outubro) (O autor não escreve segundo o novo Acordo Ortográfico)
Autor: Narciso Machado
DM

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3 janeiro 2020