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É importante o meu filho ir para o jardim-de-infância?

Com o arranque do novo ano letivo, muitos pais e mães deparam-se com a saída dos filhos para os jardins-de-infância. Aqui incluem-se os bebés e as crianças mais pequenas que entram nas Creches, mas também, aquelas que irão frequentar o ensino pré-escolar.

Sendo um tema que habitualmente deixa os pais, avós e familiares à beira de um ataque de nervos, iremos refletir sobre a importância de os nossos filhos frequentarem os jardins-de-infância.

Os 3 primeiros anos de vida de uma criança são fundamentais para o seu desenvolvimento físico, emocional, afetivo, intelectual e social. Se nos inícios, os jardins-de-infância tinham a função de garantir à criança os cuidados de saúde, alimentação e higiene, hoje em dia são fundamentais para promover o desenvolvimento integral da criança, indo para além da simples substituição da família.

A educação nos jardins-de-infância está associada a gestos de afetividade, alegria e disponibilidade, capazes de promover a autonomia progressiva da criança, as capacidades individuais, o relacionamento interpessoal e a formação de crianças felizes e saudáveis.

Se por um lado, os jardins-de-infância são locais onde há um risco aumentado de infeções, também é verdade que são lugares de socialização, estimulação cognitiva e de dinâmicas de grupo, fundamentais ao desenvolvimento da criança.

Fique com 5 vantagens para que o seu filho frequente o jardim-de-infância:

1.ª O Contacto permanente com outras crianças, que potencia a socialização, inclusão, partilha e curiosidade, de um modo natural e informal.

2.ª O papel dos educadores no desenvolvimento da criança que, enquanto especialistas na educação infantil, planeiam atividades e tarefas que promovem a aprendizagem diária.

3.ª Desenvolvimento de tarefas e atividades que promovem a linguagem, comunicação e criatividade; a resolução de problemas, concentração, resiliência e o sentido crítico da criança.

4.ª Fomentar o sentido de responsabilidade da criança, por exemplo, através da organização dos seus pertences e da arrumação dos brinquedos da sala quando acaba de brincar.

5.ª Promover a autoestima e autoconfiança da criança, com atividades dirigidas à exploração de sentimentos, autocontrolo, estruturação da personalidade e à formação da autoimagem.

Após avaliar a sua situação familiar, pode ser importante ter em consideração alguns critérios na hora de escolher o jardim-infantil, como por exemplo, o projeto educativo, a qualidade das interações sociais, os métodos de trabalho e atividades desenvolvidas, bem como, o envolvimento parental no dia-a-dia da criança.

Para finalizar e como refere o doutor Eduardo Sá, “é proibido que os pais imaginem que o jardim-de-infância serve para aprender a ler e contar. Ele é útil para aprender a descobrir os sentimentos. Para aprender a imaginar e a fantasiar. Para aprender com o corpo, com a música e com a pintura. E para brincar. Uma criança que não brinque deve preocupar mais os pais do que se ela fizer uma ou outra birra, pela manhã ao chegar”.


Autor: Tiago Borges
DM

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2 setembro 2021