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Docentes e Investigadores Universitários no Faroeste?

Sobre as “Condições laborais dos docentes e investigadores”, a Direcção do SNEsup-Sindicato Nacional (Independente) do Ensino Superior, publicou um comunicado com ALARMANTE INQUÉRITO, que deve ser publicitado ao máximo: https://www.snesup.pt/2022/07/27/condicoes-laborais-dos-docentes-e-investigadores/ e #juntossomosmaisfortes (28/7/22): “Colega, / No âmbito da luta sindical pela dignificação do trabalho de investigação e de docência no ensino superior em Portugal, convocámos os investigadores e docentes a participar num inquérito por questionário sobre as suas condições laborais, com o objetivo de recolher informação e podermos completar os dados estatísticos oficiais já existentes./ Os dados, que partilhamos no site do SNESup, oferecem-nos indicadores importantes para que possamos compreender o estado laboral do ensino superior e da ciência no nosso país. Constatámos que em média, os docentes e investigadores, permanecem no estabelecimento de ensino onde exercem a sua atividade atual há 20 anos. No que diz respeito à progressão, salientámos a preocupante realidade de que 62% dos docentes e investigadores em posições de carreira nunca mudaram de escalão remuneratório ao longo de todo o seu percurso profissional. Acresce, também, que em termos de atividade profissional, todos os inquiridos (100%) revelaram acumular funções de docência com investigação e/ou disseminação de conhecimentos e/ou de gestão/coordenação. / O inquérito foi enviado para a rede de associados do SNESup nos meses de outubro e novembro de 2021. Destes, acederam ao inquérito 2465 pessoas, das quais resultaram 1316 respostas válidas, correspondentes a uma taxa de respostas de 53,4%. (…)”. Vejamos: “20 anos: Em termos médios (e medianos) os docentes e investigadores estão no estabelecimento de ensino onde exercem a sua atividade atual há 20 anos; / 20 anos: Em média, os doutorados concluíram o seu doutoramento há 20 anos. / 12 anos: refletindo a diversidade de situações no interior do sistema, metade dos docentes e investigadores completaram o seu doutoramento há 12 anos ou mais (mediana da distribuição); / 65%: Entre os respondentes ao Inquérito cerca de 2/3 têm uma situação contratual estável (sem termo/duração ilimitada), aos quais acrescem 6% que estão em período experimental. / 49%: Nos segmentos de docentes e investigadores que mantêm laços precários, cerca de metade têm contratos até 12 meses. / 62%: Perto de 2/3 dos docentes e investigadores em posições de carreira nunca mudaram de escalão remuneratório ao longo de todo o seu percurso profissional. / 42%: Mais de 2/5 dos docentes e investigadores em posições de carreira nunca mudaram de categoria profissional. / 100%: Todos os docentes e investigadores acumulam funções de docência com investigação e/ou disseminação de conhecimentos e/ou gestão/coordenação. A esmagadora maioria exerce atividades de docência (92%) e de investigação (86%), cerca de 2/3 (66%) participam em ações de divulgação científica e valorização de conhecimentos, e quase metade exerce cargos de coordenação e/ou de gestão e direção (47%)”. Vale a pena entretanto ler(em) vários testemunhos que também foram tornados públicos sobre “Progressão de Carreira” (https://www.snesup.pt/2022/07/20/resultados-do-inquerito-as-condicoes-laborais-no-ensino-superior-e-ciencia-em-portugal-comentarios-dos-respondentes-progressao/ ), “Desqualificação Sistémica” (https://www.snesup.pt/2022/07/20/resultados-do-inquerito-as-condicoes-laborais-no-ensino-superior-e-ciencia-em-portugal-comentarios-dos-respondentes-desqualificacao-sistemica/ ), “Precariedade Estrutural” (https://www.snesup.pt/2022/07/20/resultados-do-inquerito-as-condicoes-laborais-no-ensino-superior-e-ciencia-em-portugal-comentarios-dos-respondentes-precariedade-estrutural/ ) e “Assédio” (https://www.snesup.pt/2022/07/20/resultados-do-inquerito-as-condicoes-laborais-no-ensino-superior-e-ciencia-em-portugal-comentarios-dos-respondentes-assedio/ ). Saúde, Educação, Segurança Social, rumo à ditadura pela via da auto-destruição?


Autor: Gonçalo S. de Mello Bandeira
DM

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29 julho 2022