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Do outro lado da linha!

Pode parecer excessivo alguém sugerir e pedir uns bancos, umas mesas, umas árvores, um escorrega ou mesmo um baloiço para os idosos e crianças que residem no outro lado da linha. Porém, se nesse espaço onde nasceram novas urbanizações nada disto existir, parece começar a fazer sentido pedir ao poder local de Tadim que não se esqueça das promessas feitas e utilize o espaço ainda disponível próximo da via férrea para esse efeito. Em bom rigor, ninguém duvida que o poder local em Portugal é importante, na medida em que exerce bem ou mal as tarefas que lhe são atribuídas e que resultam da própria Constituição e das Leis que destinadas às Autarquias locais, consagram um conjunto de orientações e competências que visam objetivamente o serviço público a prestar por parte de quem se candidata e pretende dedicar tempo à causa pública, no interesse das populações. É também certo que nem sempre a disponibilidade financeira numa Freguesia é suficiente para efetuar e cumprir com programas eleitorais, que embora tenham servido para conquistar votos, depois não são exequíveis porque dependem do contexto e cenário do poder político da região, nomeadamente a nível do Município. Significa que por vezes não chega a vontade, sendo necessário o bom relacionamento entre os órgãos das Autarquias locais, mesmo para poder efetuar uma obra de reduzido custo. É bom exemplo do que referi a limpeza nas acessibilidades às plataformas dos comboios, nas passagens inferiores que vieram substituir os antigos atravessamentos ferroviários, também conhecidos por passagens de nível. Mesmo a utilização ou não dos edifícios já existentes ou construídos na década de 2000 e que permanecem fechados, não havendo ao que parece, vontade ou diálogo entre o dono do Património, (antes Refer agora Infraestruturas de Portugal e o poder local,) para dar utilidade pública aos edifícios servindo os cidadãos, sendo suposto ser essa a função inicialmente prevista, até porque lá existem wc e bancos para tal fim. Curioso ninguém abordar um tema que devia merecer alguma censura, uma vez que foram gastos muitos milhares de euros em obras que nunca foram utéis e continuam a ser apenas uma referência das estações ferroviárias. Do outro lado da linha continua a haver a esperança em que, um dia destes, as crianças e os idosos possam aproveitar aquele espaço abandonado ali junto à Linha, para repousar, brincar, ver passar o comboio, enfim caminhar numa zona pedonal e onde poucos veículos circulam. Já agora, e porque não, colocarem uma rede de proteção na ponte que separa e divide a Freguesia de Tadim, ali mesmo no acesso das crianças ao outro lado da Linha e à escola? Última curiosidade… por que será que são diferentes os contentores do lixo colocados nas aldeias, dos da cidade… é estranho, atendendo que afinal todos pagamos impostos e o poder local devia tratar todos os cidadãos da mesma forma!
Autor: J. Carlos Queiroz
DM

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16 outubro 2019