Gattuso é tudo menos consensual. Como jogador tinha raça mas os seus pés nunca foram brilhantes. Foi sempre mais suor e trabalho do que magia e habilidade. Truculento nas suas relações, não raras vezes violento, apanhado nas teias de fraudes desportivas, Gattuso é mais um ex-jogador a tentar a sorte como treinador.
Mas a dúvida continua a assaltar-nos: de onde surgem estas ideias peregrinas? Há algum fundo de verdade? E é aqui que a preocupação surge.
Com as eleições para o clube aí à porta, eleições que serão, com toda a certeza, as mais disputadas dos últimos tempos, o adepto comum começa a questionar-se já sobre a próxima época, sobre as futuras contratações e sobre o homem que estará ao leme de uma equipa que vai sair desta temporada completamente esfrangalhada, onde nada se ganhou e a qualidade futebolística esteve a anos-luz da das últimas temporadas.
Com a ainda indefinição sobre quem será o Presidente do clube, o adepto comum já anda preocupado com as preocupações de jornalistas preocupados com os treinadores que o Sporting de Braga escolhe. É muita preocupação? É, principalmente porque ainda não sabemos se será um Salvador, que tem sido pouco redentor esta época, a comandar o clube ou um fresco Pli, idolatrado pelos mais jovens, com um coração guerreiro do tamanho do mundo e com uma vontade indomável de vencer.
Eu gostava de ter um treinador italiano, um gato de preferência, não um Gattu(so), mas isso é o meu imaginário feminino a efabular e a juntar a qualidade técnica dos italianos com a sua costumeira beleza latina. Mas, de preferência, gostava era mesmo de ter um treinador que percebesse da coisa e um presidente que não tivesse atitudes autistas e estivesse em sintonia com os adeptos, não contratando treinadores que, logo à partida, são mal-amados pela massa associativa.
Aguardemos as novidades, no que diz a treinadores e a presidentes. E se no treinador eu não tenho voto, já no presidente, tenho uns votos a dizer. E Pli(m), Pli(m), até acho que se vai fazer magia.
Autor: Ana Pereira