Desejo, sinceramente, que o ano 2018 sirva para que toda uma comunidade se una em torno de um objetivo comum e que passa, naturalmente, por mostrar ao mundo todo o esplendor que aqui se vive desportivamente. É uma grande oportunidade para que o desporto ganhe força na agenda política e se afirme, cada vez mais, não como um elemento de ocupação de tempos livres mas sim como uma necessidade básica na vida diária e também, por outro lado, como uma forte possibilidade económica e financeira para a gestão de um território.
Para além da grande satisfação que senti com a atribuição deste prémio, mais feliz fico por ver algumas iniciativas já em 2017 que demonstram bem que este título aumenta as responsabilidades e, com isso, quem ganha é a comunidade.
Começo por destacar a grande e merecida homenagem aos Campeões de 1993 do ABC! Que regresso ao passado que traz memórias únicas daquela que considero ter sido a melhor equipa portuguesa de andebol de todos os tempos!
Naturalmente que faltavam ali alguns rostos. Uns até já partiram. Mas fica a memória de ver o mítico Sá Leite completamente a abarrotar, com uma direção técnica única, e uma equipa que fazia ferver positivamente os adeptos em todos os lances, a mestria de um “Victor” a jogar e fazer jogar toda uma equipa de campeões saída da formação, e que culminava em jogadas com fantásticos passes picados ou com as famosas “roscas” dos mágicos pontas que ali estavam. Tudo era novidade e mágico de se assistir. Parabéns a quem teve a ideia de aplaudir quem tantas alegrias nos ofereceu!!
Numa outra modalidade, faço aqui um reconhecimento público aos 25 anos da Clube Wado-Gym Karate. Mais do que iniciar projetos é preciso força para manter e fazer crescer. A Gala dos 25 anos mostrou uma equipa que, mesmo passado este quarto de século, sente intensamente todo o empenho e dedicação que os fez sonhar com o sucesso desta modalidade.
Também no domingo vivemos a 2.ª Meia Maratona, da responsabilidade do Município de Braga, e presenciamos a vinda de milhares de pessoas a esta cidade minhota. Estes hábitos de organização desportiva numa escala internacional permitem chegar a 2018 com grande convicção e certeza de um ano em cheio.
E o que mais me alegra é que, através destes eventos desportivos, derrubamos muros e fazemos ver que em circustâncias iguais... todos somos iguais. O Desporto tem esta capacidade única de unir povos e diferentes comunidades. Nesta altura do “campeonato”, em que alguns líderes mundiais insistem na cultura individual e virada para o seu “umbigo”, seria muito bom e importante utilizar esta ferramenta de socialização que é o desporto para mostrar quão positivo é esta vivência intercultural.
E porque só tendo serviços de excelência podemos destacar cidades como exemplares em toda a Europa, finalizo com a referência ao Diploma de Excelência dos SASUM, onde se insere o Departamento de Desporto. O serviço diário daquela estrutura deve orgulhar toda uma cidade e mostra que, mesmo para além de 2018, poderemos e deveremos ser sempre CIDADE EUROPEIA DO DESPORTO.
Autor: Ricardo Sousa
