“Todo o mundo fala sobre como deixar um planeta melhor para os nossos filhos. Na verdade, deveríamos tenter deixar filhos melhores para o nosso planeta. (Clint Eastwood, ícone do cinema)”.
Só não está elucidado quem não quer, acerca do premente esforço que os decisores políticos de alguns países estão a tentar levar a cabo em prol do equilíbrio ambiental, como forma de combate às alterações climáticas. Pois o que não tem faltado são notícias e imagens do que se passa a nível de degradação do ambiente, mercê do desenfreado consumismo instalado, sobretudo nas ditas sociedades mais abastadas. Pelo que já vão sendo postas em prática algumas soluções como, por exemplo, a redução dos gases de efeito estufa que provocam o degelo nos polos, o aquecimento do ar, dos mares e da terra.
1 – O nosso país é um deles, em que o Governo socialista anda, aparentemente, empenhado na luta contra a poluição com o nosso Primeiro-ministro, António Costa, muito à frente, a encerrar a refinaria da GALP, em Matosinhos, e as Centrais a carvão de Sines e do Pego, antes de outros o fazerem. Só que não contava com a pandemia e com a guerra na Ucrânia que veio mudar muita coisa, sobretudo as fontes de fornecimento de energia à Europa.
Com efeito, há países que não só não desistiram das suas centrais a carvão, como estão a pensar implementar novas estruturas termoelétricas desse quilate. Aliás, como sucede com a Alemanha em maus lençóis com os cortes no fornecimento de gás pela Rússia, procurando acautelar as suas fontes de energia, ali mesmo, nas barbas dos verdes. Havendo outros que andam a alargar a sua produção através de novas unidades nucleares, como forma de diminuírem o impacto causado. Porém, Portugal é um país muito afoito, mas é no que toca a desbaratar dinheiros públicos. Só é pena que não esteja no topo das reformas, crescimento económico e desenvolvimento em relação aos outros países europeus.
2 – Exemplo daquilo que são propostas de políticas radicais chegou-nos, há uns tempos, da capital do reino: a maioria de esquerda, presente na Assembleia Municipal do município lisboeta, pretendia fazer aprovar a velocidade máxima de 10km/hora em todas as artérias citadinas gerando controvérsia, uma vez que tal medida não só entupiria o trânsito, como aumentaria a poluição, o ruído e o stress dos condutores, para além de um maior desgaste mecânico nos veículos. Ou seja, no pára-arranca as viaturas para além de dificultarem a mobilidade, teriam os motores dos seus carros ligados durante mais tempo, vomitando ainda mais CO2 dos escapes.
3 – Também vamos tendo alguma precipitação em certas decisões, com dispêndio de recursos financeiros. Li, neste jornal diário, a 1 de junho último, as seguintes declarações, à Lusa, do Secretário-Geral do Eixo Atlântico, Xoán Mao: – “a ligação entre o Porto e Vigo não é assegurada por comboios elétricos devido à diferença de tensão da linha […] que a linha a linha entre Vigo e Tui não é a mesma que entre Vigo e Corunha, nem a mesma entre Valença e Faro. A linha Vigo, Guilharei, Ourense está a 3000 volts (v), a linha nova de alta velocidade, que liga Ourense a Santiago de Compostela, Corunha até Madrid e a linha portuguesa a 25000v”.
Mas mais, acrescentava: – “devido às diferenças abismais de tensão entre as linhas espanholas e as portuguesas, apesar de concluída a eletrificação da linha do Minho entre Nine e Valença, com vista à ligação ferroviária intercontinental, verifica-se que o resultado do investimento feito de modernização e eletrificação para a competitividade internacional da linha não passou de um engano” – disse.
São decisões mal pensadas e estudadas, com carimbo socialista, em ralação à mobilidade, energia e ambiente que os valores da ‘bazuca’ e das receitas fiscais se esfumam. Isto, com a complacência da oposição e de alguma Comunicação Social. Daí, a sugestão que reside em deixarmos melhores filhos, capazes de gerirem bem os recursos dos países e os do planeta.
Autor: Narciso Mendes
Decisões, medidas e recursos

DM
4 julho 2022