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Concelho de campeões versus conselhos de leitura

Esta semana, desportivamente, foi plena de motivos de interesse. A V Gala do Desporto da nossa cidade voltou a mostrar a fibra de que são feitos os atletas da região ou que, não o sendo, representam clubes do concelho. Foram, sensivelmente, cem os galardoados pela conquista de títulos nacionais e/ou internacionais. A cereja no bolo surgiu com Braga Cidade Europeia do Desporto a ser considerada a melhor, entre as quase duas dezenas, das cidades europeias a concurso. Para além do desporto, adoro ler sobre diferentes e variadas temáticas. Recentemente adquiri “O livro da Ignorância” o qual elucida sobre o que não queremos assumir: “A diferença entre o que sabemos e o que ignoramos é infinitamente maior do que a existente entre uma pulga e um elefante”. No fenómeno desportivo existem inúmeros donos da verdade e do conhecimento mas que, acerca dos livros, não compreendem o Padre António Vieira quando este diz: O livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive. A alguns desses iluminados, aproveito para sugerir determinadas leituras. Ao ex-treinador do Sporting aconselharia a leitura de pensamentos de Einstein. Um deles é-lhe apropriado: Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes. Talvez assim perceba que o despedimento do Sporting, após derrota com equipa de II Liga, numa competição de taça, por apostar em 2.ªs linhas, já lhe tinha acontecido noutro Sporting, o de Braga, noutra taça, com outra equipa da II Liga. Ou seja, lendo e compreendendo, perceberá que urge mudar algo na sua postura de treinador. Também a contínua contratação de Lopetegui, por parte de clubes e federação, prova que não são assim tão poucos os que sofrem da insanidade declarada por Einstein. Até Pinto da Costa, esta semana, assumiu o erro logo se desculpando porém, por ter sido o primeiro, dando a entender que a Federação Espanhola e o Real Madrid é que não têm desculpa. A Luís Filipe Vieira sugiro que leia “A utilidade do inútil” de Nuccio Ordine. Pode assim valorizar as suas contraditórias afirmações sobre os verdadeiros responsáveis dos casos judiciais que assolam o clube. Lendo “A fronteira invisível” onde Kilian Jornet afirma: Se não sonhamos estamos mortos, também pode esconder a ideia de ter assinado contrato vitalício com o clube, ao afirmar só pretender sair, depois de ser campeão europeu. Aos adeptos do SCB, impedidos de ver um jogo na sua plenitude, e obrigados a dar uma volta ao Minho (como escreveu, ontem, a Ana Pereira) sugiro, sem comentários acessórios, a leitura de “Silêncio na era do ruído” de Erling Kagg. Aos (indivíduos)* (ir)responsáveis pelo sucedido, aconselho-os também a ler livros ou a assistir a concertos no Guimarães Jazz. Que livros? Que concertos? Qualquer coisa, não interessa o quê, pois enquanto o fizerem, não estão a fazer ou a planear… asneiras. (*) Por favor, não confundir estes indivíduos com os verdadeiros adeptos de futebol, e do VSC, existentes na cidade berço.
Autor: Carlos Mangas
DM

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2 novembro 2018