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Celebrar o centenário

O Sporting Clube de Braga comemora, este ano, 100 anos de existência. Quando estava a preparar este artigo, comecei a pensar na quantidade de pessoas que contribuíram, com trabalho árduo, com dedicação, com paixão, com sentimento de pertença, para engrandecer este grande clube minhoto. Posso dizer, orgulhosamente, que faço parte dos últimos 20 anos dessa história. Apesar do clube ser muito maior do qualquer uma das pessoas que o compõem ou que nele estiveram envolvidos, a individualidade e o trabalho/apoio que cada um empresta é aquilo que o faz ser Maior. O SC Braga é grande por conquistar o orgulho das pessoas que o seguem, mas igualmente o respeito dos seus opositores. É grande por conquistar o coração de cada um dos seus adeptos, o apreço de aguentar as críticas honestas e a capacidade das investidas dos falsos. O SC Braga é grande porque se esforça diariamente por encontrar o melhor em cada um dos seus atletas, treinadores, funcionários, dirigentes, adeptos, sem fugir aquilo que são os seus valores e desígnios. É grande porque investe em deixar um mundo melhor, seja através do trabalho na formação, em que cada criança/jovem conta, seja porque muda a vida de muita gente, por todo o trabalho que desenvolve diariamente. Em 100 anos, nem tudo foram momentos de felicidade, como em qualquer existência comum, mas a vida do SC Braga tem-se modificado positivamente, pelo ecletismo, grandeza e resultados que o clube ganhou nos últimos anos e, acima de tudo, pela excelência do seu papel na formação de tantos jovens nas mais diversas modalidades. Hoje, o SC Braga é eclético e inclusivo. E essa foi uma enorme conquista do trabalho intenso de tantos dirigentes (muitas vezes anónimos), de tantos treinadores empenhados e de muitíssimos atletas que orgulhosamente o representam, mas também obviamente da direção que o dirige. Acredito que há 10 pilares que sustentam um bom projeto desportivo e o SC Braga tem incorporado muitos deles: 1- Paixão (no que assumimos e fazemos); 2- Identidade (quem somos e do que queremos ser); 3- Estratégia (no caminho que queremos percorrer); 4- Valores (os que sustentam o desporto, mas também o compromisso e a dedicação); 5 – Energia (dinamismo empreendedor); 6- Trabalho em rede/equipa (a habilidade de criar relações fortes); 7- Comunicação (a forma como transmitimos o que fazemos); 8 – Recursos humanos e materiais (sustentam o trabalho no terreno); 9- Conhecimento cientifico (em todas as áreas de intervenção) e por último, 10- Organização (a consistência e a rentabilização dos meios). Como disse Logan Smith: ”Há duas coisas a almejar na vida: primeiro, lutar e conseguir o que se deseja; e, depois disso, apreciá-lo”. Esta semana foi lançado um livro do centenário. Uma obra minuciosa, extraordinária, capaz de retratar muitas histórias que dão corpo aos Guerreiros. É, portanto, um momento de olhar para trás, mas também nos fazer entender que é uma missão inacabada para o clube, porque devemos apreciar o que foi feito, mas não esquecer que ainda há muito a fazer!
Autor: Carlos Dias
DM

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21 maio 2021