O demónio conhece bem o mercado e só nos oferece o que calcula que nós queremos. Atento e vigilante, sabe que somos fracos, aproveita-se das nossas fragilidades e não perde a menor oportunidade de nos convencer como podemos conseguir aquilo que queremos, se concordarmos em lhe fazer a vontade.
O demónio existe, o mal não é meramente uma imperfeição pessoal, mas sim uma manifestação do maligno que se repete através dos tempo e em toda a história da humanidade.
Numerosos danos de natureza espiritual e física, nos indivíduos e na sociedade são um claro exemplo disso e nos nossos dias é tão óbvio que até nos surge aquela velha expressão “parece que o diabo anda à solta”.
O demónio é um ser pessoal, real e concreto, de natureza espiritual e invisível que pelo seu pecado se afastou de Deus para sempre, porque o diabo e os outros demónios foram criados por Deus naturalmente bons, mas rebelaram-se de livre vontade e tornaram-se maus.
O seu único fim é a nossa perdição, por isso deita mão a todos os meios ao seu alcance, a toda a hora e momento, pois está sempre em estado de alerta e vigilante, o demónio não dorme. Ele é o primeiro causador do mal que produz rupturas nas famílias, na sociedade e em toda a humanidade.
Porém, o demónio não consegue penetrar na nossa intimidade e se nós não o quisermos, os espíritos maus não podem conhecer a natureza dos nossos pensamentos, só lhes é dado pressenti-los através de indícios sensíveis, pelas nossas palavras ou actos com reacção aos pensamentos que eles próprios nos sugerem.
Não pode violentar a nossa liberdade e incliná-la para o mal, não pode seduzir ninguém a menos que lhe preste esse consentimento da vontade.
“O demónio é um grande cão acorrentado que arremete, faz muito barulho, mas só morde aos que se aproximam dele em demasia”, diz-nos o Santo Cura d´Airs.
O seu poder é muito forte, lutar a sós com ele é inglório, só mesmo escoltados pela oração e pela Fé em Deus. Mas não estamos sós, para isso veio ao mundo o Filho de Deus que venceu satanás. No Pai Nosso sempre pedimos: “não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal” (do maligno).
Sabemos que o Céu ou o inferno são os dois destinos eternos, são para sempre. O Purgatório é um estado de purificação que alguns necessitam de passar antes de poderem ir, definitivamente, para o Céu. Por isso é tradição da Igreja rezar pelas santas almas do Purgatório.
Ao humilde mortal, com toda a liberdade que lhe assiste, cabe-lhe a possibilidade de escolher conscientemente o destino que lhe apraz para viver depois da morte, na certeza de que não se pode servir a dois senhores…
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Ao humilde mortal, com toda a liberdade que lhe assiste, cabe-lhe a possibilidade de escolher conscientemente o destino que lhe apraz para viver depois da morte, na certeza de que não se pode servir a dois senhores…
Autor: Maria Susana Mexia