A Taça da Liga em Janeiro, e um campeonato de danças urbanas em Abril, foram numa espécie de prelúdio para este mês, que junta na nossa cidade, o Braga Cup (torneio internacional de futebol jovem) e o Dance World Cup (mundial de dança).
O Braga Cup que já vai na sua 5.ª edição, consegue surpreender anualmente pela dinâmica organizativa e pelos jovens que traz à região. É muito mais que um torneio, ao possibilitar aos quase 2 mil participantes (atletas/treinadores/árbitros/dirigentes/voluntário) uma panóplia de atividades que faz com que o futebol seja apenas, e só, um dos motivos da sua vinda.
Agregar e acolher cerca de cem equipas de sete diferentes países, Cazaquistão - já imagem de marca deste torneio - Portugal, Espanha, França, México, Brasil e Guiné, é obra. Mas, no melhor pano cai a nódoa e a deste ano, vai para quem, supostamente, responsável do desporto em S. Tomé e Príncipe, saiu do País esquecendo-se de autorizar os vistos a uma equipa previamente inscrita que assim, ficou retida na ilha. Não é só por cá que há governantes “distraídos” nas coisas do desporto.
Mas, para a multiculturalidade ser ainda mais imponente, a juntar aos participantes do Braga Cup, acresce um número de cerca de 6 mil atletas de 53 países, numa competição mundial de danças (clássica, contemporânea, hip-hop, sapateado, acro dance, street dance, folclore, danças de salão…) ...que terá cerca de 3 mil atuações, algumas masterclasses e galas, envolvendo, entre atletas, delegações e familiares, cerca de 20 mil pessoas.
A realização deste evento na nossa cidade não será alheio o facto de, há uns anos a esta parte, uma jovem bailarina bracarense conquistar medalhas em inúmeras competições internacionais. Por coincidência - ou talvez não - essa jovem prodígio tem num dos progenitores, não só um embaixador empresarial da cidade, como também o CEO de um grupo que tem granjeado admiração no mundo das empresas e falado na comunicação social, pelas condições dadas, e sonhos concretizados, aos seus trabalhadores. Quando alguém concretiza sonhos a trabalhadores, como poderia não o fazer a uma campeã que tem em casa?
Para deleite da nossa campeã e de milhares de crianças e jovens de todo o mundo, o sonho tornou-se realidade e, Braga acolhe um campeonato do mundo, possibilitando-nos observar atuações de qualidade ímpar, onde à desenvoltura e leveza de corpos tonificados se alia a beleza dos fatos ou trajes tradicionais, com o acréscimo de feições diversificadas - europeias, asiáticas, africanas - e muita, muita alegria, numa paleta de cores digna de ser… pintada.
Confesso a minha estranheza pela ausência de governantes que, habitualmente, são (a)traídos pelo “cheiro” das medalhas. Por certo, distraídos com pré-épocas futebolísticas não acompanham o evento e não sabem que os nossos representantes já conquistaram mais de quatro dezenas de medalhas, e que só a campeã mencionada, obteve quatro, com a vantagem acrescida de não precisar de declarar estas… na alfândega.
Ps…Até setembro
Autor: Carlos Mangas
Braga (Dance World) Cup
DM
5 julho 2019