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As consequências de viver a grande velocidade…

Anossa vida está dominada por padrões competitivos que sustentam uma velocidade nem sempre compatível com a qualidade do nosso “chassis” anatómico. O uso abismal e descontrolado de medicação para as insónias, tiques, fobias, ideias mórbidas, incapacidade de gestão das reacções emocionais, sintomas ansiolíticos, pode ter um efeito perverso, se não formos convenientemente estudados e devidamente orientados. Ficamos sempre com uma sensação de tristeza doentia, quando percebemos que a felicidade foi “roubada”, induzindo-nos um transtorno emocional tendente ao desequilíbrio da tranquilidade e quietude pessoal com alto risco de potencial depressão. Um dos atributos da vida é vivermos em paz, com serenidade e estar de boa saúde física, mental e financeira, reservar um tempo de meditação quando as coisas não nos correm bem. A doença do século é a globalização da competitividade como fonte predisponente em todas as direcções da nossa sobrevivência profissional, social, económica, familiar, académica e entre outras tantas, a posição individual ou colectiva onde estamos inseridos. Confundimos em excesso o verídico das nossas posses e pecamos por uma ambição intratável, consequente de uma competitividade camuflada em torno das nossas fraquezas ou vulnerabilidade formatada de matrizes injectáveis de utopia indiscutivelmente desaconselhada quando não sabemos discernir os sonhos da realidade. Admite-se que, pela via de técnicas místicas ou esotéricas, a interpretação de uma noite sonhadora possa ajudar a obter respostas para a nossa vida corrente, pois, o nosso subconsciente abre uma janela na descoberta arrojada para uma solução problemática ou ideias rejuvenescedoras num determinado projecto em que estamos envolvidos. Contudo, é preciso ultrapassar todas as condutas que deturpem o sentido real da vida e o sentido da transcendência nas pequenas ou grandes marcas que nos movem para deixar ao mundo, não como pessoas normais, mas como protagonistas especiais. Já não admitimos que a vida é composta por fases difíceis ou dramáticas, pelo sofrimento patológico ou alvo de um período grave de trabalho, uma condição humana que também se correlaciona com estímulos positivos, interiorizando-nos sensações de alegria, bem-estar psicossocial, satisfação na gestão da cortesia, generosidade motivacional na plenitude da nossa existência no tempo como uma vertigem gananciosa na conquista a qualquer preço das nossas ambições. Vivemos com pressa em tudo, seja de natureza física, psicológica, emotiva ou mental. Especialistas afirmam que viver apressadamente sustenta um estranho sentido de economia de tempo que nem sempre é saudável mas propenso ao insucesso ou desânimo psicofísico que se pode transformar num alerta de ataque de pânico ou de ansiedade, nomeadamente quando em ambiente insano, insalubre, instável ou inseguro na diferenciação de descolar os fiascos ou defeitos por ausência de busca em substituí-los por virtudes assertivas. Um dos pilares da nossa vida quotidiana é desfrutá-la com a nossa realidade posicional em todos os seus segmentos vinculados à calma, adoptando a sabedoria da velocidade adequada sem perigo de acidente, fazer uma boa condução pessoal com segurança para ir o mais longe possível e terminar a caminhada do dia-a-dia sorridente e folgado de tranquilidade e na continuidade da boa paz.
Autor: Albino Gonçalves
DM

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19 novembro 2018