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As Bodas de Ouro da «e. s. a. s.»

Dia 21/01/2022, de manhã ouvi, na R.R., do locutor uma frase, salvo erro de Júlio Isidro, com estas palavras “É bom visitar o passado, mas sem lá ficar” (não as garanto “sic”).

Pois bem, remonto ao ano lectivo de 1985/86, que acolheu o “meu baptismo” na «e. s. a. s.». Voltava a “vestir-me” de caloiro”. Eu explico: soube, talvez no início do 2.º período, que o dia 6 de Janeiro era “O Dia da Escola”; e a praxe mandava não haver aulas nesse dia. Pois bem, calhou então ser numa segunda-feira; a minha primeira aula era logo às oito e trinta da “madrugada”, com a turma do 7.º C, todos igualmente “caloiros”

Ora, logo no início, eu “não estive com meias-medidas”; da minha secretária (uma mesa igual às deles) disse-lhes: “Se nos há-de vir alguém daqui a pouco dizer para sairmos, então vamo-nos já!” A funcionária, do seu lugar, olhou-me(nos?) espantada mas nada disse. Foi na “velha” escola, bloco 1, rés-do-chão, sala 2. Não estou enganado! Fui agora mesmo verificar no horário.

Esse primeiro ano (o de 1985/6) foi ao abrigo da então “preferência conjugal”. Logo no ano seguinte “cativei” lugar como efectivo. De lá saí apenas para me aposentar. A «e. s .a. s.» tinha (e ainda hoje mantém) o seu quê de “mítico”. Tanto, que andei dois/três anos para entrar na escola “nova”. Quando me decidi, ajudado pela minha consorte, tive, não a sorte mas a Felicidade de lá encontrar a «e. s .a. s.» de sempre, humanamente falando.

Respigo de um texto escrito por 2005: «A “minha” escola é, ou melhor, era a “antiga” Alberto Sampaio. (…) A primeira coisa que li no DM de hoje, 6 de Outubro [de 2005] foi a notícia da inauguração da “nossa” nova ESAS. [Mas] é com muito prazer e com uma pontinha de orgulho que considero ter ajudado a construir intelectualmente a “velha” ESAS, afinal os alicerces sobre os quais assenta esta nova Escola Secundária Alberto Sampaio surgida das obras de requalificação.

Ponho a cronologia de parte e dou a palavra ao sentimento. Vou recordar “ao sabor da corrente” o passado. E vou viver o presente da nossa Escola do lado de cá, da Vida de “um” aposentado! Faz, neste ano de 2022, vinte anos que dei a última aula (em 23/05) e que teve lugar o Jantar de Despedida (em 18/12).

Nesse mesmo ano, saíram também os colegas Olívia Campos (que dizia “agora estamos na reserva territorial”). O Hugo (certo dia eu disse-lhe que tinha uma chávena de café oriunda do seu Cabo Verde com a palavra “sabe”; e ele esclareceu-me que no seu dialecto significa “gostoso”. O Hugo foi representado pelo Macedo: “a minha avó dizia que nos temperos se punha ‘assim’ uma pitadinha de sal. O Macedo também já “Está Lá de Cima”, com a Olívia, com o Hugo a viver as nossas Bodas de Ouro). E ainda saiu o Jaca; que a eles se juntou em 2013. (“Olha, há um colega nosso que colecciona chávenas, é o Pires). Fez parte dos então aposentados o funcionário administrativo senhor Martins; nunca mais tive notícias dele. (Espero que, se ele vier a ler este artigo, não vá ao meu registo biográfico registar aquele dia de Reis do ano de 1986 como “falta injustificada” e descontá-lo no tempo de serviço).

defacto” a Secundária Alberto Sampaio de Braga é uma escola de referência a nível local e regional; e ousa pedir meças para além de fronteiras mais alagadas. Publica uma revista de “peso” com os seus conteúdos. A prevista publicação do número 30 virá dar valioso contributo às comemorações dos 50 anos da Escola.

Para finalizar um excerto da cobertura que o jornalista do Diário do Minho Francisco Assis fez no jornal do dia dia 20/01: «As comemorações vão durar quase um ano (…). [Das] iniciativas, o destaque vai para o lançamento de um livro de memórias (Estou interessado na obtenção de um exemplar), um concerto, e uma conferência/reflexão sobre Educação, com personalidades, entre elas Sampaio da Nóvoa, ex-candidato a Presidente da República e sobrinho trineto de Alberto Sampaio, patrono da Escola».


Autor: Bernardino Luís Costa
DM

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26 janeiro 2022