Foi nesta última data, em pleno Grande Jubileu dos 2 000 anos de Jesus Cristo, que os dois videntes já falecidos – Francisco a 4 de Abril de 1919, e Jacinta, a 20 de Fevereiro de 1920 – foram beatificados; e foi anunciada a publicação da versão integral do “segredo de Fátima”.
Lúcia, a única vidente sobrevivente, em 1921 ingressou no Asilo de Vilar (Porto) dirigido pelas religiosas de Santa Doroteia. Mais adiante foi para Tuy – Espanha como Irmã Doroteia. E em 25 de Março de 1948 foi transferida para Coimbra ingressando no Carmelo de Santa Teresa, tomando o nome de Irmã Maria Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado. Assistiu no ano 2 000, em Fátima, à beatificação de Francisco e Jacinta pelo Santo Padre João Paulo II, vindo a falecer no ano de 2005 em Coimbra, no Carmelo de Santa Teresa, com 98 anos de idade.
Todos os Papas desde Pio XII, expressaram a sua crença no caráter divino e sobrenatural dos acontecimentos que ocorreram em Fátima. S. João Paulo II atribuiu a sua sobrevivência após a tentativa de assassinato em 13 de Maio de 1981 à intercessão de Nossa Senhora de Fátima.
Em 2010 acompanhámos, em Fátima, na sua visita pastoral o Santo Padre Bento XVI e aguardamos agora com fé e alegria a vinda do Papa Francisco a Fátima, nos dias 12 e 13 de Maio para celebrar o “Centenário das Aparições de Nossa Senhora em Fátima, 1917 – 2017 “! Seja Bem-vindo, Santo Padre!
Em 23 de Março recebemos, com alegre surpresa, a notícia de que o Papa Francisco tinha aprovado o Milagre e consequente canonização dos Pastorinhos Francisco e Jacinta em data a determinar!
A canonização é, como sabemos, a confirmação por parte da Igreja, que um fiel católico é digno de culto público universal (no caso dos beatos o culto é diocesano), e de ser dado aos fiéis como intercessor e modelo de santidade. Assim, brevemente aí os teremos como “pequeninos, muito Grandes Santos”!
Nossa Senhora sabia em quem confiava! Na Sua Mensagem, em resumo, pedia – lhes para viverem e nos transmitirem as Suas preocupações por toda a humanidade.
Em tom maternal dizia – lhes: “Não tenhais medo. Eu não vos faço mal. Vim para pedir que venhais aqui seis meses seguidos, sempre no dia 13, a esta mesma hora. Depois vos direi quem sou e o que quero. Em seguida voltarei aqui ainda uma sétima vez ”Os Pastorinhos, impulsionados pelo ambiente do sobrenatural, ajoelharam, rezando a oração que o Anjo lhes ensinara: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo … … “
Passados uns momentos, Nossa Senhora acrescentou: “Rezem o Terço todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra!”
Na aparição do dia 13 de Setembro, anunciou: “Em Outubro farei o milagre para que todos acreditem” Além desse milagre a Virgem Santíssima tinha um pedido especial, que ficou gravado no coração dos Pastorinhos: “Não ofendam mais a Deus, Nosso Senhor, que já está muito ofendido”…
Aos observadores mundanos tal recado poderia parecer “arcaico” ou “irrealista”: Alguém que vem dos céus para falar de “pecado”? Em que século a autora dessas aparições acha que estamos? Pois é justamente no século XX – em 1917 – que Nossa Senhora aparece e é a mesma mensagem de há 2 000 anos atrás que Ela traz consigo, como nas Bodas de Caná: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo. 2,5) e a água converteu-se em vinho!
O Milagre do Sol não apenas confirmou as aparições de Maria em Fátima: ele também visa realizar um milagre muito maior que qualquer outro: A salvação das almas, a conversão dos pecadores; “para que todos acreditem” em Jesus Cristo e, acreditando, pelas obras, consigam a felicidade eterna!
Autor: Maria Helena H. Marques