Mas, deixando a utopia de lado, as eleições para os corpos gerais do SCB já mexem, apesar do atual presidente querer negar por palavras, mas confirmar com atos, a evidência. Quando se dá uma entrevista (de oito páginas) no Correio do Minho, não é mera coincidência que tal aconteça na véspera da apresentação da candidatura de “Pli” no 1.º de Maio. A mim, como sócio, interessa-me perceber o que cada um tem para “oferecer”, por isso quanto mais cedo se pronunciarem, mais tempo terei para amadurecer as ideias sobre os projetos, para melhor escolher em consciência.
Nos mandatos recentes de AS, gostei da aproximação constante e permanente da nossa equipa de futebol aos lugares de topo do futebol nacional e da aposta na criação de uma academia. Fico, também, feliz pelo ecletismo acrescido e sustentado do clube. Mas, no melhor pano cai a nódoa e não concebo que o atletismo que está em grande ao nível da formação não tenha uma equipa sénior que aproveite os nossos melhores valores. Braga, onde há cada vez mais adeptos da corrida, sente saudades das Albertinas, Conceições, Manuelas, Jéssicas...
Ontem dirigi-me ao Estádio 1.º de Maio onde assisti à apresentação da candidatura de Pli. Perante uma plateia composta por associados e jornalistas, Pli apresentou alguns dos pilares da sua candidatura: “Valorizar sócios e adeptos; criar uma maior identidade entre o clube e a cidade; maior transparência nas decisões”. Opinião sincera e que fiz questão de lhe transmitir, gostei do que ouvi, e aguardo novos desenvolvimentos para decidir em consciência sobre a solução presidencial que melhor defende o SCB. Ele (e todos nós) sabe(mos) que não é fácil a quem chega, destronar quem tem mais de uma década de visibilidade e trabalho feito. Adorei, não sabendo se será viável, a ideia das escadas rolantes (e acredito que conforme os anos forem passando… mais vou gostar) na Pedreira e da aproximação do clube aos sócios e à cidade, uma lacuna que é assumida, inclusive, por apoiantes do atual presidente.
No meu caso, procuro os aspetos positivos de uma e outra candidatura, pelo que, e para já, espero de Pli e de AS que a campanha não resvale para discussões que em nada enobrecem os candidatos e o clube. No entanto, e como (pessoal e) recentemente percecionei, a realidade é bem diferente daquilo que se pretende e durante e após um período eleitoral, o que mais há, são de(cisões) contrárias aos interesses comuns que antes agregavam todos os eleitores. Têm a palavra os candidatos e, para já, enquanto decido o meu sentido de voto, espero que o vencedor seja sempre…o SCB.
Autor: Carlos Mangas