A campanha eleitoral para as eleições do Conselho Geral da Universidade do Minho decorre entre 6 e 19 de março de 2017 (duas semanas apenas).
Há oito listas a disputar 17 lugares num órgão que é, como dissemos, uma espécie de assembleia municipal com mais poderes pois, para além do poder de tomar as principais deliberações da Universidade, desde logo o orçamento, tem o poder de eleger e destituir o reitor.
É uma assembleia municipal muito especial, é certo, pois elegendo membros diretamente, ela tem por base corpos académicos (12 professores, 4 estudantes e 1 funcionário) e, ao mesmo tempo, tem membros por inerência que não são, é claro, os presidentes de junta, mas 6 elementos externos escolhidos pelos 17 membros internos.
A recente passagem da Universidade do Minho a fundação veio alterar um pouco esta situação, pois acima do Conselho Geral existe um conselho de curadores recentemente empossado que tem como que um poder de tutela sobre o Conselho Geral, homologando ou não as suas principais deliberações. De qualquer modo, não é de prever que este órgão entre em conflito com o Conselho Geral e antes confirme as deliberações deste.
Como já tivemos oportunidade de dizer concorrem três listas para os 12 lugares de professores/investigadores, duas listas para os 4 lugares de estudantes e três listas para 1 lugar de funcionário.
As eleições para este Conselho Geral são decisivas para a escolha do próximo reitor, que ocorrerá, provavelmente, em meados deste ano e por isso vai ser importante saber a opinião de cada uma das listas sobre esse assunto. Mas não só sobre este. Importa conhecer a estratégia de cada lista para o bom governo da Universidade.
É preciso lembrar que funcionários, estudantes e professores/investigadores não vão escolher representantes para cuidar dos interesses de cada corpo da academia. Vão escolher membros que têm todos o dever de contribuir para o bom governo da UM, o que redundará naturalmente no bem de estudantes, funcionários e professores dentro da UM.
Julgo que nenhum órgão da comunicação social, pelo menos impressa, vai acompanhar de perto estas eleições, o que é uma pena. É um facto muito mais importante do que outros que vão preenchendo os jornais todos os dias, todas as semanas.
Autor: António Cândido de Oliveira