O Corpo Nacional de Escutas é a maior associação juvenil portuguesa, inserida e enquadrada no maior movimento juvenil mundial. Em Portugal conta com um efetivo de cerca de 60 mil jovens e 13 mil adultos.
A visita do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa a Idanha-a-Nova atesta bem a importância deste momento e da sua representatividade.
Usando palavras do Presidente de todas e todos os portugueses, o “Escutismo é um espírito de disponibilidade, de serviço, de dedicação, no fundo de sentido coletivo, de integração comunitária além de realização integral da pessoa…”
E numa altura em que os valores humanitários são preponderantes, a existência desta estrutura nacional faz-nos “abraçar” o futuro com entusiasmo e esperança.
Um dos grandes trunfos é a utilização de um método original que permite a cada jovem ser protagonista do seu próprio crescimento, para que se sinta plenamente realizado e desempenhe um papel construtivo na sociedade a que pertence.
Queremos jovens preocupados com o próximo, amigos da natureza, respeitadores da vida em comunidade, cientes da importância do respeito pela vida em sociedade e, haver estruturas que perseguem estes ideais no seu dia a dia deixa-me, naturalmente, motivado e entusiasmado.
A convite do Chefe Nacional Adjunto Joaquim Castro Freitas, a quem desde já agradeço, tive o prazer de assistir, ao vivo, a toda a dinâmica instalada nesta “cidade” CNE. Uma estrutura logística ímpar, gigantesca, mas com tudo o que é necessário para uma atividade segura e eficaz.
Mas a minha análise vai muito além desta capacidade organizativa para juntar dezenas de milhares de pessoas. As metodologias “não formais” lá utilizadas para passar a mensagem e objetivos do programa deslumbraram-me e, como perseguidor de novas políticas de juventude para Portugal, aplaudo e enalteço aquilo a que assisti.
Com temperaturas bem altas, sempre a rondar os 40 graus, ocupar 22 000 participantes não era tarefa fácil. Mas com umas condições naturais fantásticas como apresenta Idanha foi possível, durante toda a semana, aliar a metodologia educativa com atividades aquáticas diferenciadoras. Todos os jogos continham objetivos educativos e, com momentos refrescantes, a mensagem passava com naturalidade.
Obrigado CNE por continuar, todos os dias, a apoiar a educação em Portugal!
De regresso ao Norte tive também a oportunidade de, mais uma vez, ver também a excelente dinâmica da Associação Juvenil Gustavo Filipe, em Foz Côa, que através do festival Côa Summer Fest consegue motivar e manter presentes na sua terra os jovens desta localidade e mostrar, aos restantes jovens de Portugal que os visitam, que o verão “não é só praia”!!!
Através do associativismo juvenil consegue-se que o interior seja dinâmico e mais chamativo para o restante Portugal.
Com dois exemplos deste género tenho a certeza absoluta que teremos um bom futuro para abraçar!!!
Autor: Ricardo Sousa