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A “Responsabilidade” que é de todos… e não só de alguns!

Num cenário mundial cada vez mais preocupante, quer em termos ambientais quer económicos, é crucial adotar novos modelos de relações entre instituições e mercados, organizações e sociedade. Há objetivos a cumprir de defesa ambiental e dignidade de vida das populações que são partilhados e ninguém pode ficar de fora desta responsabilidade. Presentemente falamos de responsabilidade social quando empresas, de forma voluntária, adotam posturas, comportamentos e ações que promovam o bem-estar dos seus públicos interno e externo. A responsabilidade social é um importante vetor estratégico que gera diferenciação. Um crescente número de empresas e organizações revela já uma crescente preocupação com as causas sociais, e é cada vez mais forte o relacionamento entre a desempenho financeiro e desempenho social das mesmas. Desenvolveram-se, recentemente, inúmeras capacidades nas empresas relativamente à responsabilidade social perante as comunidades onde atuam. A Responsabilidade Social nas suas mais diversas áreas tem vindo, também, a assumir um papel preponderante para a sustentabilidade do planeta e para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável definidos em escala mundial. Para tal, é necessário que também as empresas, como elementos constitutivos da sociedade e do mundo, tomem medidas para concretizar essa sustentabilidade. A primeira grande área de ação das empresas com forte Responsabilidade Social está focada nas pessoas e na sua interação com o meio envolvente, englobando a educação dos indivíduos, o equilíbrio entre a vida profissional | família | tempos livres, a igualdade de género e oportunidades, voluntariado empresarial, etc. Numa segunda grande área, esta compreende ações como a minimização do impacto ambiental da sua presença na sociedade, a poupança no consumo dos recursos naturais, etc. A preocupação com causas está em forte crescimento, existindo um número crescente de empresas que desenvolvem projetos com fins sociais. Uma empresa que seja responsável obtém, hoje em dia, ganhos significativos no que concerne à sua notoriedade. Em termos futuros, as práticas de Responsabilidade Social serão decisivas no mundo dos negócios e no modo como geram oportunidades, dado que envolvem as populações e fomentam o investimento social. A responsabilidade social é uma questão incontornável. E as empresas são, neste meio, elementos estratégicos dinamizadores da ligação entre a sociedade e a componente social. No futuro próximo, a competitividade das organizações passará pela presença das mesmas na vida em sociedade, na responsabilidade em apoiar projetos sociais locais e assegurando uma melhor qualidade de vida no território onde atuam. No entanto, no meu entender, para o desenvolvimento total do sector social é necessário criar meios de cooperação para que sociedade civil, empresas e organizações se unam na concretização dos objetivos comuns. O retorno deste investimento social partilhado não é imediato, exige paciência a longo prazo, mas traz uma capacidade distintiva face a outras realidades e formas de estar que me parece decisiva no futuro. Assim, as cidades que olharem para a responsabilidade social como uma necessidade que a “todos” diz respeito (poder local, sociedade civil, organizações e empresas) estarão mais próximas de serem cidades completas e harmoniosas entre as suas populações, e mais próximas de defenderem os objetivos do desenvolvimento sustentável assumidos como de responsabilidade de todos nós enquanto seres humanos !!! Um abraço e até à próxima crónica.
Autor: Ricardo Sousa
DM

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28 março 2018