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A respeito duma viagem falhada

Não costumo, nos meus escritos, sobretudo públicos, referir factos ou assuntos negativos. É útil assentar e promover o que é bom, belo e positivo. Às vezes, porém, é necessário denunciar o que está errado e prevenir outras pessoas para não caírem no logro e sofrimento. Neste verão, no mês de setembro, de 19 a 24 (terça-feira a domingo), inscrevi-me numa excursão a Itália, através duma agência de viagens. Já conhecia esse país de viagem anterior, exceto a região a sul de Roma. Aconteceu que a viagem foi uma desilusão completa, com falhas que nunca tinha encontrado em viagens anteriores. Esta viagem, iniciada no Porto, em transporte da TAP Portugal, com direção a Veneza, passando por Lisboa, falhou em algo sério: a perda da mala. No aeroporto de Veneza, dirigi-me para a zona do tapete rolante, aguardando a mala, mas esta não apareceu. Procurei o representante da agência de viagens: não apareceu. Fiz reclamação do desaparecimento no aeroporto e tive de alugar um táxi para o hotel. Nas viagens externas é normal estar presente um representante da agência para receber os turistas e conduzi-los para o respetivo hotel. Considero grave o que aconteceu no meu caso. No dia seguinte, integrei-me na excursão com o resto da comitiva: Veneza, Pisa, Florença, Roma... Nos hotéis onde me hospedava, perguntava pela mala. Resposta invariável: não chegou aqui. Fazia-me muita falta, pois nela estavam os medicamentos que tomo diariamente e a roupa interior. A roupa por causa do calor da época. Em Roma, no hotel que nos hospedou três noites, soube na quinta-feira pela net que a mala fora achada (lost and found), mas não sabia onde se encontrava. Na sexta-feira de manhã soube que se encontrava no aeroporto de Roma. Telefonei à representante da agência em Lisboa para envidar esforços para que a mala chegasse ao hotel. A resposta foi que eu a fosse levantar. Irritei-me e ameacei com justiça. Pouco depois recebi mensagem dela a informar que contactou o guia e ele iria fazer chegar a mala ao hotel. Falei com o guia várias vezes e ele prometia resolver o assunto, mas nada aconteceu. No sábado, desisti do programa do dia, aliás o que mais me interessava, chamei um táxi e fui ao aeroporto buscar a mala. Doutro modo, ainda hoje lá estaria. No dia do regresso, fui para o aeroporto e acabei por ter problemas com a transportadora aérea. Estava previsto chegar ao Porto às 21h. Quando lá cheguei já passava das 2h do dia seguinte. Uns dias após o regresso fui fazer reclamação à agência que me vendeu a viagem. Deu-me o endereço do provedor do cliente das Agências de Viagens e Turismo (Apavt). Fiz a declaração. Resposta: teria de aguardar 45 dias úteis. Passaram os 45 dias e recebo nova informação: mais 40 dias úteis. Estou à espera de quê? Não sei. Nem espero grande coisa. Esta viagem fez-me sofrer muito. Culpo a TAP Portugal e sobretudo a agência de viagens pela ausência de intervenção direta na solução do problema. Foi esta a “maravilha” do programa com o título “As Maravilhas da Itália”!
Autor: Manuel Fonseca
DM

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14 novembro 2017