Nos momentos mais relevantes (no início e nas datas comemorativas mais significativas), lá surgem eles, num assomo tentacular de oportunismo, revelando o seu anticlericalismo crónico, esgrimindo sempre o mesmo rol inconsistente de argumentos. São uma corja de iluminados apoiados numa ideologia deturpada e que pretendem uma religião construída e plasmada à sua medida.
Os defensores do fenómeno de Fátima “como um evento inventado e construído por um grupo de membros da Hierarquia eclesial” esquecem-se que a Igreja é, quase sempre, a última entidade a reconhecer a veracidade desses prodígios. Só depois de muitos interrogatórios, opiniões doutas, estudos rigorosos, análises, consultas a grandes conhecedores de toda a envolvência (geográfica, sociológica, científica e teológica) e que dão uma garantia profundamente fundamentada é que a Igreja assume uma posição clara e segura. Mesmo assim, a aprovação e o reconhecimento da autenticidade destes fenómenos das revelações pela Igreja não assume caráter de Dogma de Fé.
Por outro lado e em relação aos críticos, o estudo e a explicação destes eventos humano-transcendentais não encaixam na sua intelectualidade saloia, entranhada por um amadorismo primário.
A mensagem de Fátima, na sua magnitude humana e divina, apela e proclama o amor, a paz, o perdão, a justiça, a solidariedade, a reconciliação, a generosidade, a oração e o respeito pela dignidade humana, pela vida e pela salvação de todo os homens.
Ao contrário, uma grande parte das ações e obras construídas pelos homens pérfidos respiram e semeiam o ódio, a guerra, a ganância, a injustiça, a corrupção, a desonestidade, a violação dos direitos humanos, a desigualdade e a exploração dos fracos e dos marginalizados.
A vivência diária de Fátima e as várias comemorações que aí se vêm realizando ganharam e assumiram uma dimensão universal (Fátima tornou-se no Altar do Mundo) e, por isso, continuar-se-á a festejar centenários atrás de centenários até aos confins dos tempos. A sua força, o seu poder e a sua transcendência dão a garantia de que nada a poderá descredibilizar ou destruir, quer seja pela ação maléfica dalguns homens, quer seja por qualquer catástrofe natural. O fenómeno “Fátima” permanecerá para sempre e para além da existência humana na terra, porque tem uma dimensão intemporal, transcendente e divina.
Ao invés, a voz, o ruído, a ação e as obras achincalhantes vindas dos seus críticos e detratores, mais ou menos cínicos, irónicos ou sarcásticos, ficarão sempre confinados à pequenez efémera do seu reduto espácio-temporal, onde acabarão por se esfumar ingloriamente. O seu recanto está alicerçado em princípios de vida falaciosos, voláteis e vácuos. A luta dos críticos de Fátima será ingloriosa. “Tudo passará, mas as Minhas palavras não passarão”. O bem incomoda os maus porque lhe faz agitar e atormentar a consciência.
Pelo exposto, a mensagem de Fátima será sempre um apelo atual em relação à revitalização e renovação da doutrina evangélica, pregada, há mais de 2000 anos, por Jesus e que Nossa Senhora, como Mãe solícita e sempre preocupada com os seus filhos que somos nós, veio relembrar aos homens dos tempos modernos, muito paganizados e dela tanto necessitados. Nossa Senhora nunca deixará de interceder por todos nós. Sejamos dignos da mensagem de Fátima.
Autor: Artur Gonçalves Fernandes