Além disso, surgiram muitos outros movimentos especialmente vocacionados para a exaltação do papel primordial do Divino Espírito Santo na vida dos fiéis. Merece também uma referência especial a Comunidade (e o canal televisivo) “Canção Nova” que dedica, periodicamente, sessões e programas sobre esta temática e que estão incluídos na sua ação evangelizadora.
A ação do Espírito Santo é contínua e muito atuante na vida de todos nós. É só estar atento que logo se dá conta da Sua presença. Através dos Seus sete dons, o Espírito Santo está presente, vive e age na vida e nas numerosas ocupações de cada um. Por seu lado, os Seus nove frutos irradiam em todos nós, nomeadamente, naqueles que, de boa vontade, se dispõem a pô-los a render não só em si, mas também em benefício dos outros.
Não falando na Sua ação muito forte e sentida nos primórdios da Igreja, como Jesus o prometeu aos seus discípulos que assim O receberam, bem como em outros momentos por todos nós conhecidos, na história da Igreja muitas situações houve, há e haverá, em que o Divino Espírito Santo atua e que justificam a devoção especial que se espalhou por muitas igrejas do mundo católico.
O Divino Espírito Santo estimula os cristãos a subir constantemente na sua caminhada para a Transcendência. Os crentes nunca se podem instalar nem acomodar às situações que o mundo da indiferença lhes quer oferecer, no seu dia a dia. Viver com o Espírito Santo todos os dias é aprender a ter confiança, é escolher a alegria, é fazer-se ao largo.
Santa Teresa de Ávila, de quem a Igreja festejou os 500 anos de nascimento a 28 de março de 2015, foi proclamada Doutora da Igreja em 27 de setembro de 1970, com a especialidade de “Mãe dos espirituais”. Durante a sua homilia na proclamação de Teresa como Doutora da Igreja, o Papa Paulo VI lembrou como ela tinha sublinhado a importância do Espírito Santo na vida de oração, no período de uma época em que, em muitas sociedades, O tinham posto de lado. Muitos outros santos também sentiram e viveram a intimidade do Espírito Santo. O Papa João Paulo II sentiu a ação do Espírito Santo, tanto na ordenação sacerdotal (1946), como na ordenação episcopal (1958). É ele que o revela, trinta e seis anos mais tarde desta última (1994).
O céu estava muito nublado no dia dessa ordenação, porém, o sol apareceu e um dos raios caiu sobre ele. Disse o Papa: “O coro cantava o Veni Creator Spiritus… Eu ouvia este cântico e novamente, como na minha ordenação sacerdotal, mas talvez com uma clareza ainda maior, revelava-se realmente em mim a consciência de que o autor da consagração era realmente o Espírito Santo. Para mim era uma consolação e um conforto perante todos os temores ligados a um cargo de tão grande responsabilidade. Este pensamento suscitava em mim uma grande confiança: o Espírito Santo iluminar-me-á…”.
Peçamos ao Divino Espírito Santo que abrace o coração de todos os governantes para que lutem verdadeiramente contra a corrupção, defendam a justiça e promovam a paz e a concórdia entre os povos.
Autor: Artur Gonçalves Fernandes