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A penetração invisível do PAN na política europeia

1Paradoxalmente nascido no país da alheira e do sarrabulho). Nas secções n.º 1 e 4 do comentário que fizemos às eleições europeias mais recentes (e a mais uma evidente derrota de Rui Rio), intitulado “Até quando, Catalina?...” (de 11-6-2019), mostrávamo-nos espantados com o facto de, num país como Portugal, um partido vegetariano como o PAN (Pessoas, Animais e Natureza) ter alcançado uns nutridos 5,1% dos votos. Espantados também, com o facto de os verdadeiros ecologistas do PEV (part. Ecologista “Os Verdes”), integrado na CDU, uma coligação liderada pelo PCP, ter tido um resultado (total) de apenas 6,7%; supostamente, bem inferior ao PAN. E surpreendido também com que, apesar da enorme abstenção e de se tratar de umas “meras” eleições europeias, em Portugal a extrema-esquerda (Bloco de Esquerda mais PAN) ter alcançado uns assustadores 15%! 2 Promoção dos animais quase ao nível jurídico das pessoas). O estranho e nóvel partido do quase desconhecido deputado nacional André Silva (ao qual se junta agora o recém-eleito eurodeputado Francisco Guerreiro), além de combater aquilo que de mais emocionante tem o circo (os animais amestrados), tem-se definido também como um presumido, inculto e intolerante adversário da Tauromaquia. Que é uma arte que já os malogrados cretenses praticavam, há 3.500 anos atrás. E que está verdadeiramente enraizada na cultura dos habitantes de 60% do território português; e de 85% do território espanhol (além do México, Colômbia, Venezuela, sul de França, etc.). 3 “Veganismo” e um sugestivo cardápio de excentricidades “zoo-cêntricas”). O veganismo é um vegetarianismo ultra-rigoroso. E parece fazer parte de uma conspiração secreta dos muito ricos (que sempre hão-de comer e beber bem) contra os numerosos cidadãos pouco abastados; dizendo-lhes que agora o que está na moda é comer umas folhinhas de alface, uns “tofus”, uns sumos de cenoura e coisas do género. Mas bem pior que isso, a conspiração pode ser mais vasta; e de carácter globalizante e planetário. Refreando os até agora insaciáveis apetites gastronómicos de povos como o português, espanhol, francês, italiano ou grego. Uma vez que a Globalização (esse cancro que ainda se pode curar…) vai trazer à sua “mesa” 3 biliões de novos e insaciáveis convivas chineses e hindustânicos, entre outros. E enfim, digamos, há que partilhar, há que ser… vegetariano. As excentricidades do PAN, nem as conheço todas. Porém, os “media” têm referido coisas como “proibir corridas de cavalos ou de cães”; proibir os tradicionais animais de tracção (cavalos, burros, mulas, bois) de puxarem carroças ou similares; alterar provérbios populares ou ditados que, na pouco “nutrida” ideia do PAN, se refiram a animais de forma menos considerada que aos seres humanos; conceder “personalidade jurídica” aos animais, etc. Esta última reivindicação, um verdadeiro escândalo para gerações e gerações de verdadeiros juristas formados desde a pelos vistos saudosa República Romana (e sou aqui obrigado a dizer que eu próprio pertenço por formação a esta classe), esta reivindicação, dizia, já foi, há pouco tempo consagrada no Direito português… 4 A insuspeita “influência invisível” do PAN na alta política europeia). O que a seguir vou “revelar” passou completamente despercebido aos nossos mais argutos e documentados analistas e comentadores, incluídos os televisivos; gente que, paradoxalmente, tanto na fama como nos proveitos e proventos, é colocada numa espécie de “divisão de honra do comentário”. Enquanto que as criaturas limitadas (como eu e uns poucos) somos remetidos para a 3.ª ou 4.ª ligas (que futebolisticamente aliás, é coisa que já nem há). Daí que nós outros sejamos umas autênticas “inexistências”, de acordo com critérios democráticos. Porém, esta escapou-lhes. E a mim, não. Senão vejamos. O PAN é como os antigos descobridores geográficos (e colonizadores) portugueses: nasceu pequenino, desconhecido e num cantinho remoto e desprezado do Mundo. E em meia-dúzia de décadas vai-se tornar senhor de metade desse Mundo (mesmo sem ajuda de Tordesilhas, de Espanha ou de qualquer magno líder religioso). O PAN já começou a meter gente da sua nas lideranças europeias. O deputado Guerreiro? Não, não, gente mais alta. Gente que é “agente secreta do PAN”, como se adivinha pelos nomes ou pelos apelidos. Verdadeiros “gatos ou gatas com o rabo de fora”… 5 Christine Lagarde, Ursula von der Leyen e o próprio David Sassoli). Querem melhor prova da “longa manus” do “king maker” André Silva? O sobrenome da nova presidente do Banco Europeu não tem origem em qualquer antepassado seu que tenha pertencido a uma guarda (“Garde”) policial ou militar. Lagarde quer mesmo referir-se à personalidade secreta, íntima, da outrossim simpaticíssima senhora: quer mesmo dizer “lagarta” e no caso, aviso que ela nem sequer é sportinguista, o que seria uma atenuante. Quanto à aristocrata alemã von der Leyen, o seu paizinho conde, se lhe deu o nome de Ursula (i. e.,” pequena ursa”) por alguma razão foi: além de o conde ser amigo chegado do avô de André Silva (e de um tio de Bruno de Carvalho) ele quis assinalar a predestinação da filha para a brutal carreira militar (era a óbvia ministra dessa pasta na extinta Alemanha). Mas há mais; o novo chefe do Parlamento Europeu tem um apelido, Sassoli, que em em italiano quer dizer “pequeno seixo, pedrinha”, uma homenagem ao “N” de PAN (“Natureza”). O PAN quis também eleger um protegido, o 1.º ministro belga, de apelido Michel (ou Bichel, não me recordo), um amigo chegado do seu ilustre colega luxemburguês. E há muito mais, mas ainda não se sabe…
Autor: Eduardo Tomás Alves
DM

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23 julho 2019