O ato particular da mente pode emitir juízos, ou efetivar raciocínios, de cariz negativo, quando influenciado pelas forças do terror, como aquelas que vão pondo o mundo em alvoroço. Sobretudo a Europa. Porém, também pode haver lugar a sinais positivos, como aqueles que advêm das pessoas que se esforçam, pacificamente, por darem as mãos numa corrente de fraternidade, tolerância e de amor ao próximo. Valores sem os quais, após os atentados terroristas, a vida não continuaria numa caminhada serena – em espírito de liberdade, democracia e de respeito pelos direitos humanos – como tem acontecido.
Infelizmente vamos tendo conhecimento de mentes que se alimentam de ódio, fanatismo e violência, cujo objetivo é instalar o caos para que os seus novos ideais imperem. Isto é, enveredando por novas formas de enfraquecerem a mente daqueles que lutam por um mundo melhor, através do medo e do espetro da morte. Tal como foi feito – no passado mês de março – em presença do rio Tamisa e junto ao Parlamento britânico, em Londres, levado a cabo por Khalid Massod. Tendo deixado, atrás de si, um lastro de corpos destroçados e moribundos. Reforçando a ideia que temos do espírito que a eles preside, em termos de agressividade e crueza, quando autodesgovernou um carro contra transeuntes desprevenidos e indefesos. E, mais recentemente, no metro de São Petersburgo onde um bombista se fez explodir, matando 14 pessoas e ferindo 45. O que, de certo modo, contraria a tese da primeira-ministra britânica, Thereza May, quando disse – talvez ingenuamente – que Massod agiu solitariamente.
Ora, se por um lado a mente é incontrolável, pelas razões que lhe assiste, por outro temos os perigos que advêm do facto dessas pessoas se passearem, fisicamente, fora de controlo. Uma vez que as fronteiras abertas não só permitem a livre circulação de pessoas e bens – o que deixa bem na fotografia quem assim pensa e ratifica –, mas também facilita o trânsito da mais diversa criminalidade, como sejam o tráfico de seres humanos, armas, droga, terroristas, gangues e máfias de toda a espécie. Não podendo haver melhor prova, daquilo que acabo de dizer, do que aquela que diz respeito à receção ao Papa Francisco que iremos ter este ano, a 12 e 13 de maio, em Fátima. Em que por questões de segurança se voltarão a controlar as fronteiras, nacionais, desativadas pelo acordo de “Schengen”.
Os desequilíbrios não só mentais como comportamentais estão a minar a sociedade contemporânea, graças à modernice dos padrões educacionais vigentes que vão minando os seus valores. Tudo em nome de uma evolução, de um progresso e de uma liberdade que vai minando a família, graças aos seus mentores. Exatamente, os que gravitam à roda do poder, sem escrúpulos, para enriquecerem. O que vem provocando a revolta dos povos contra a corrupção praticada pelas suas elites políticas, como vimos, recentemente, no Brasil e na Rússia. Manifestações, essas sim, controladas pelas forças militares e policiais com balas de borracha e gás lacrimogénio.
Um cenário que se enquadra bem nesta onda de “ Jeroenes Dijsselbloem” holandeses – ou outros que tais – que se vão governando à custa de uma Europa que se diz social e economicamente justa, mas cuja brutal máquina administrativa é solidariamente paga por todos nós. Quer sejamos do norte ou do sul; gastemos o dinheiro, ou não, em verdasco, meretrizes e sabe-se lá mais em quê. Afinal andamos à mercê da mente de quem nos acusa de depravados.
Autor: Narciso Mendes