twitter

A incoerência e a irresponsabilidade andarão irmanadas?

O desalinho perante os grandes valores humanos vem atropelando a dignidade do ser humano, desvirtuando profundamente o seu crescimento harmonioso em todas as suas dimensões. É, por isso, que ainda permanecem muitas perseguições humanas, tanto de cariz político, como até por motivos religiosos.

O fanatismo, a ganância e toda uma gama de atropelos dos mais elementares direitos humanos por parte de certos responsáveis aprisionam as comunidades numa armadura que obstaculiza os seus legítimos movimentos de libertação.

A deformação mental de determinadas pessoas cega-as intelectualmente e leva-as a uma propaganda fanática de ideologias monolíticas e luctíferas. Para elas, parece que o dicionário apenas é composto por étimos cujos significados transmitam injúria, intolerância, vingança, retaliação, fundamentalismo e conspiração.

O ideário dessas sociedades está eivado de uma filosofia de vida contaminada pelo laicismo e pelo materialismo cego, em que os únicos objetivos se encontram apenas em jogos de interesse pessoal e partidário.

Infelizmente, numa grande parte das assembleias dos representantes do povo, raríssimas vezes se observam debates civilizados. Aí não há lugar para o equilíbrio emocional, cívico e mental. Os deputados apenas sabem mandar farpas ou fazer chacota para ridicularizar os adversários, sem o mínimo de educação condizente com as funções que desempenham.

É por isso que, por vezes, alguns falcatruam as presenças, enquanto outros recebem subsídios referentes a deslocações semanais aos seus domicílios de origem, mas sem lá porem os pés. Onde estará o código de ética por todos aprovado?

Aliás, essas incoerências surgem em catadupa. Numa ânsia altamente primitiva e em nome da defesa dos “direitos” dos animais, são lançadas sugestões que, colocam o homem num patamar inferior a esses seres vivos irracionais.

Os parlamentos, muitas vezes, assemelham-se a uma lota do peixe, onde cada um quer vender o seu produto como o melhor. Nas casas da democracia apenas deviam ter assento pessoas cabalmente conhecedoras dos problemas nacionais e assumir uma conduta interventiva cuja única preocupação fosse a de dar um contributo sério e adequado para a sua solução. Pelo contrário, as quezílias, as altercações e as querelas passaram a fazer parte integrante do diário dos fazedores das leis.

Vivemos numa era em que o interesse pessoal e a ânsia pelo poder são, para determinados gestores do erário público, as suas preocupações dominantes. Paralelamente a estes valores e com eles aparentados surge a ganância de um protagonismo vaidoso que corrói o íntimo das pessoas.

Quando acordará o homem, para ver que pode ter uma vida mais honesta, mais livre, mais feliz e mais tranquila, se não estiver sobrecarregado por excessivas causas que consideram humanas? É preferível levar uma vida sóbria do que arriscar a sua seriedade, a sua honradez e o seu espírito de justiça por causa de uma luta insaciável por objetivos falaciosos que podem acarretar uma ilusão enganadora.


Autor: Artur Gonçalves Fernandes
DM

DM

13 dezembro 2018