O momento não é propenso ao leque opcional na escolha profissional que melhor vinque a satisfação da nossa actividade como ocupação de actividade laboral afortunada de felicidade motivacional.
O que sabemos, e parece não existir contradição, são numéricas as causas de desânimo e insatisfação das pessoas que exercem determinadas funções excluídas da sua verdadeira realidade no mercado de trabalho, e literalmente sem vontade de investimento no desempenho, acabam numa espécie de auto compaixão em prol da sobrevivência económica, mas correndo altos riscos de fracasso e desinteresse pelas causas do ofício.
A área de preparação vocacional, aludida ao perfil da pessoa para o trabalho, devia ser mais intensa e tecnicamente melhorada, desafiando o candidato às suas pretensas inclinações de índole profissional. Pensar antes de agir, reforçar estruturas sobre quais os objectivos para a sua carreira a curto e longo prazo e interiorizar a reflexão pessoal na percepção por onde começar a procurar uma ocupação que preencha todas as suas aptidões de conhecimento técnico, sem descurar o contexto das vantagens e desvantagens, o nível salarial, o ambiente de trabalho, a hipótese de progressão na carreira e as oportunidades que estão ao seu alcance para vincar a profundidade do seu contributo nas valências habilitáveis, são itens que deverão ser tidos, sempre, em conta.
Mas, até que algo de novo surja na nossa vida para satisfazer os instintos de mais-valia profissional com sucesso, é aconselhável não misturar a frustração, remoendo os erros do passado. É desejável enxergar e discernir uma visão intimamente associada à transmissão de uma função com amostras de um trabalho relevante, com resultados de eficácia e produtividade apreciáveis segundo a matriz do empregador e reconhecido pela excelência das suas actividades desenvolvidas no espaço empresarial.
Há estudos que apontam uma elevada taxa de insatisfação profissional como um problema psicossocial da pessoa no lado errado do exercício das suas funções, geralmente resultando como consequência mais assinalada o absentismo presencial e a afectação do grau de rentabilidade dos serviços produzidos que se reflectem na empresa.
Impulsionado pela globalização do trabalho, há uma elevada taxa de recursos humanos qualificados, na sua grande maioria com formação superior especializada, que não conseguem integrarem-se na sua verdadeira natureza de habilitação técnica, entretanto reduzida a uma caminhada de sobrevivência económica forçada ou numa cambalhota alternável à inexistência de mercado laboral no seu país.
Inevitavelmente, tomar outras opções relativas à emigração para países que potencialmente tenham espaço ambicioso como ponto de encontro à satisfação profissional e salarial desta nova vaga de jovens mais inclinados para o compromisso de honestidade de prestação de funções especializadas segundo os seus valores de aprendizagem académica pode ser uma opção, mas certamente contrária à própria vontade.
É inegável. Sempre que um trabalhador esteja na profissão errada, e não se sinta feliz, move-se pela frequência da baixa auto-estima, reveste-se no desânimo e desinteresse da labuta e descapacita-se no incentivo da produtividade e empenho das suas funções.
Autor: Albino Gonçalves
A ergonomia sobre a vida laboral moderna…

DM
2 junho 2020