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A “brincadeira” como estratégia para estimular a aprendizagem

Quando os educadores interagem, trocam experiências com as crianças e observam as suas atividades, trocam  experiências com as crianças e observam as suas atividades, conseguem entrar no mundo e na forma de pensar da criança. E, ainda mais importante, as crianças sentem que as suas explorações, as suas perguntas, os seus pensamentos e atividades fazem sentido.”

Segundo essa abordagem, o educador é facilitador, não dirige. Faz o seu trabalho com discrição e com humildade. A criança é a protagonista. É importante que as brincadeiras escolhidas, na medida do possível, não precisem de pilhas nem tenham botões. As pilhas devem desenvolver-se, primordialmente, pelo esforço da criança. Não é o brinquedo que deve funcionar, mas sim, a criança é que deve ter a iniciativa para o fazer funcionar através da sua descoberta. Ela deve ter espaço para pensar, refletir e descobrir sem estar à espera que lhe ofereçam o jogo já solucionado.

A invenção através da brincadeira é muito importante para um adequado desenvolvimento da criança. A brincadeira é uma atividade por excelência, através da qual as crianças aprendem melhor, movidas pela curiosidade do saber. As crianças são muito inventivas e criativas. Daquilo que elas precisam é de condições ideais para desenvolver essas suas características.

A disciplina, as regras, os métodos e os materiais e outros recursos educativos são meios de que a criança se deve servir (e interiorizar) para que o seu desenvolvimento seja mais seguro, mais harmonioso, mais integral e mais completo. Da assimilação destas vertentes é que surge a personalidade e o bom caráter da pessoa. Victor García Hoz, primeiro catedrático de pedagogia em Espanha, afirma:

“O processo educativo ocorre nesta idade principalmente através da brincadeira, que é mais velha que a cultura. O uso eficaz do material, a comunicação com os pequenos protagonistas da educação, a realização das tarefas do dia a dia são coisas desesperantes e ainda mortas, a menos que sejam vivificadas pela imaginação, pela capacidade criadora e pelo incentivo pessoal de mestres que tenham inteligência para entender provas científicas e tenham sensibilidade para intuir, através dos olhos abertos de uma criança, todo o mistério da vida  e todas as possibilidades da existência pessoal de um ser humano”.

Há vários estudos que confirmam que os espaços de tempo adequados de brincadeira são fundamentais para que a criança possa desenvolver a capacidade de estar atenta, de resolver problemas e de fomentar a criatividade.


Autor: Artur Gonçalves Fernandes
DM

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8 junho 2017