A ansiedade, os medos, e as preocupações podem ser considerados normais durante o desenvolvimento infantil, mas merecem sempre a atenção dos pais.
Existem situações que podem interferir no desenvolvimento da criança, e provocar sintomas de ansiedade: separação dos pais, mudança de escola e/ou cidade, e morte de um ente querido são alguns dos exemplos.
As crianças têm dificuldade em exprimir o que estão a sentir. O segredo é os pais estarem atentos a mudanças de comportamento dos filhos, indicadoras de ansiedade: choro, irritabilidade, agitação, voltar a fazer chichi na cama/calças, dificuldades de sono/apetite, e pesadelos frequentes. Do mesmo modo, preocupações excessivas e medos exagerados e prolongados no tempo, que impeçam a criança de participar nas atividades do dia-a-dia, merecem especial atenção e dedicação.
Deixo-lhe algumas dicas para ajudar a controlar a ansiedade do seu filho:
-
Não tente evitar os medos do seu filho – isso vai fazê-lo sentir melhor a curto prazo, mas reforça a ansiedade a longo prazo;
-
Não faça perguntas sugestivas como “estás preocupado ou ansioso com o teste?”;
-
Respeite e valorize os sentimentos do seu filho – ouça-o, demonstre compreensão, e incentive-o a enfrentar os seus medos;
-
Tente diminuir o período de ansiedade (se o seu filho tem medo de ir ao médico, avise-o apenas um pouco antes da consulta);
-
Pratique atividades relaxantes com o seu filho (ouvir música, tocar um instrumento, ler um livro, praticar atividades que gastem energia, praticar ioga, fazer exercícios de respiração…);
-
Expresse expectativas positivas, mas realistas – transmita confiança de que ele vai ficar bem, e será capaz de lidar com a situação;
-
Por fim, se a ansiedade persistir, procure a ajuda de um profissional.
Para finalizar, não se esqueça:
Todas as crianças podem passar por situações desafiadoras que provocam pensamentos preocupantes! O papel dos pais não é eliminar a ansiedade, mas ajudar a controlá-la! Autor: Cristiana Fernandes