Com a chegada do Verão, chega o calor, a praia, as férias e os festivais de Verão. Os dias ficam maiores e as noites mais quentes, a vontade de sair de casa e fazer atividades ao ar livre aumenta.
E se, neste Verão, deixasses o carro em casa e fosses a pedalar com um grupo de desconhecidos em direção aos teus festivais de verão preferidos?
O conceito não é novo e desenvolve-se há vários anos em Portugal. Aproveita o melhor de dois mundos, unindo a paixão pelo cicloturismo à música e à dança.
Originalmente promovido pela Cicloficina dos Anjos, em direção ao festival Andanças, o Pedalanças tem tido crescente sucesso, tendo-se estendido o conceito também ao festival Tradidanças.
O objetivo primordial é a promoção de uma forma de deslocação ativa, ecológica e sustentável, a custo zero e sem qualquer de emissão carbónica. Os danos colaterais são pessoas de todo o país a conhecerem-se e a viajarem em conjunto em direção a estes festivais.
A viagem desenrola-se, geralmente, ao longo de 3 ou 4 dias, tendo ponto de partida em Lisboa no caso do Andanças (em direção a Campinho no Alentejo) e no Porto no caso do Tradidanças (em direção a Carvalhais na beira Alta).
São sugeridos itinerários considerados mais seguros, idealmente ao longo ecovias/ciclovias. Habitualmente, os percursos escolhidos primam pela proximidade com a Natureza e pelo respeito pela cultura e tradições das localidades visitadas. Ao longo desses percursos, são sugeridos pontos de encontro para realização de pausas/convívio e reposição de energias. Ao final do dia, são organizados jantares de grupo para maior camaradagem e partilha de experiências e são facilitados locais de pernoita seguros (habitualmente gratuitos ou com uma contribuição simbólica).
O ritmo é acessível a todos os participantes, sendo inclusivo para todas as faixas etárias e a todo o tipo de preparação física. De facto, verifica-se a criação de um enorme espírito de comunidade e entre-ajuda entre todos os participantes, sob o lema de nunca deixar ninguém para trás. É fomentada ainda a partilha de ferramentas/conhecimentos para resolução de pequenos problemas que possam surgir ao longo da viagem.
O resultado é um grupo de pessoas mais confiantes na sua autonomia em bicicleta, quer em termos de capacidade física, quer em termos de resolução de imprevistos e avarias.
Não é raro que os participantes transponham posteriormente essa descoberta de autonomia para o planeamento de novas viagens em bicicleta com novos destinos, de forma espontânea, individualmente ou em grupo; E a maior prova de sucesso é mesmo que a generalidade dos participantes, volta no ano seguinte e traz consigo um amigo também.
