A época desportiva terminou mesmo para o SC Braga, ainda que fosse desejo de toda a Legião que ela se prolongasse até à final do Jamor. A vida é assim e nem sempre corresponde aos nossos desejos.
Às vezes pareceu que a temporada foi demasiado longa, devido a algum enfado causado pelo percurso da equipa ou à elevada quantidade de jogos acumulados. Contudo, no final do último jogo fica logo a saudade de ver de novo a equipa, sempre com a certeza de que o amor por ela é eterno e inegociável.
A última jornada consagrou o Sporting CP como novo campeão nacional, ainda que de novo nada tenha na manutenção do seu título. Justa conquista, pelo que endereço os meus parabéns a todos os seus seguidores. A nível das competições europeias ficaram apurados o Sporting CP e SL Benfica para a Champions, o FC Porto e o SC Braga para a Europe League, e o GD Santa Clara para a Conference League. Entre as equipas referidas apenas os leões e os dragões têm garantida a presença nas respetivas fases regulares, ainda que isso nada tenha a ver com o reino animal, mas com as regras existentes. Os restantes clubes envolvidos nas competições internacionais terão que superar algumas eliminatórias, o que obriga a uma planificação da próxima temporada adequada a esse contexto.
A tristeza da descida de divisão foi direta para os adeptos do Boavista FC e do SC Farense, com os algarvios a merecerem esse castigo pelo facto de terem mudado para o Estádio do Algarve os jogos em que receberam os autoproclamados grandes, numa decisão que fere à partida a verdade desportiva. A ganância deu mau resultado e os responsáveis farenses deviam ser responsabilizados pelo sucedido. Resta agora saber entre o FC Vizela, do segundo escalão, e o AFS, do primeiro, qual será o ocupante da única vaga ainda disponível para a próxima edição da liga portuguesa. A proximidade e a rivalidade entre os dois concorrentes prometem uma batalha exigente.
A Pedreira despediu-se da época com um apetecível SC Braga vs SL Benfica, pelo que as bancadas se engalanaram de Braguistas, ao contrário do que disseram repetidamente alguns maus jornalistas da nossa praça, que prestaram, uma vez mais, um mau serviço à nobre tarefa de informar, tão maltratada por alguns dos seus elementos. Houve palavras indignas que desinformavam em vez de informar, com a desonestidade intelectual a marcar presença no péssimo serviço que alguns prestaram. Dentro do relvado havia um SC Braga a quem apenas a Matemática dizia que poderia chegar ao terceiro lugar, numa utopia em que ninguém acreditava, e um SL Benfica que poderia sair da bimilenar Brácara Augusta como campeão nacional. Obviamente quem na Legião do Minho ninguém queria que houvesse festa na Pedreira porque não existe ali nenhum salão para o efeito e isso esteve sempre bem presente na vontade de todos, quer no campo ou nas bancadas, ainda que o árbitro Manuel Nogueira tenha tentado com a sua arbitragem indigna que o rumo do encontro fosse outro. Para a História fica um empate a um golo que permitiu acabar com dignidade a prestação nesta edição da liga portuguesa. Assim, neste ano civil nenhum dos ocupantes do pódio conseguiu derrotar os Gverreiros do Minho.
Agora é altura de parar e refletir, preparando um futuro que pode ser sorridente.
