7 Dois , quatro, oito, 16, 32, 64, 128…). Os pais de cada um de nós foram 2. Os avós de cada um são 4. Os bisavós já são 8. Os trisavós, 16. Os tetravós, 32. Os 5º avós, 64. Os 6º avós, 132. Os 7º avós,264… E para trás, sempre a duplicar, embora à medida que os séculos recuam, o nº dos nossos antepassados que viviam ao mesmo tempo, tenda a reduzir-se; pela simples razão de que eles já são nossos antepassados por vários lados. Antes, casava-se mais cedo, com ca. de 25 anos; daí que por cada século haveria 4 gerações. Exemplificando: quem tenha nascido por 1975, é filho de quem nasceu por 1950, neto de quem nasceu por 1925, bisneto de quem nasceu por 1900. Em 1875 (100 anos antes) estavam a chegar ao Mundo os seus 16 trisavós. Por 1850 nasciam os seus 32 tetravós. Por 1825, os seus 64 5os avós. Por 1800, os seus 128 hexavós. Por 1775 (nos finais do pombalismo), nasciam os seus 256 7os avós. Em 1750 (pouco antes do terramoto) nasciam os 512 (!) 8os avós. Em 1725 (há apenas 300 anos) nasciam os 1024 9os avós. Em 1700, os 10os avós já eram 2048. Em 1675, os 11os avós seriam tendencialmente 4.096 (bastante menos nas vilas e aldeias, dado que mts. antepassados já o eram por vários lados…). Em 1650, os nossos maiores já seriam 8192! Em 1625 (no período dos “Filipes”), estavam a nascer os nossos 16.384 “progenitores”. Em 1600, eles já seriam 32.768, não fosse o entrosamento dos “ramos”. E em 1575, seriam 65.536.
8 Duas conclusões). A 1ª é a de que o maior cimento de qualquer Estado, no velho Mundo (Europa, Ásia e África) são os laços de sangue e o resto é mistificação, conversa fiada. A 2ª é que, tendo cada pessoa tantos antepassados, há que ser “tolerante”; não há português de cepa que, sendo moreno também não tenha sangue alemão (vindo dos suevos, ou, a sul, dos visigodos); nem que sendo louro e de olhos azuis, não tenha algum sangue mourisco. E basicamente somos todos mistura de celta com ibero (e em certas regiões, também italiano). E há certas geografias pontuais em que o sangue judeu também conta (e note-se que, para a Inquisição, só era “judeu” quem o fosse por mais de 1/16 avos e professasse essa religião).
9 Daí que, os reis e muitos dos nobres…). Descendam de muitos outros reis, às vezes bem vetustos. P. ex., o nosso D. Duarte (de Bragança) tem uma árvore genealógica vastíssima (desde os reis de Leão, de França, da Borgonha, dos Habsburgos, ao próprio Maomé…). E é assim em todas as dinastias.
10 O “embaixador junto dos marcianos”). Só que, os reis podem ser reis e imperadores, mas só mandam “no seu cantinho” do Mundo; o mais extenso que se tem visto foi gente fugaz como Alexandre, Trajano, Carlos Magno, Gengis Cão e Tamerlão, Carlos V e Filipe II de Espanha, Victoria, Hitler ou Stalin. Porém, agora um pouco de humor. Acasos do destino e casamentos “estratégicos”, fizeram “deste que vos escreve” (como se dizia antigamente), alguém que poderia ser seleccionado para uma “delegação de terráqueos” escolhidos para nos representar se fôssemos invadidos pelos marcianos ou quejandos. É que, além de os meus pais terem casado em Fátima (junto da capela das Aparições), eu sou parente por afinidade (mas distante, é certo), quer de Guterres, quer de Afonso Costa, quer de Durão Barroso. E aqueles 3, foram ou são representantes de todo o Mundo (ou no caso do 3º, da Europa Ocidental). E se alguém duvidar, eu explico os parentescos. Mas não me candidato à tal delegação…
11 Quem tem fotografias de tetravós?). Poucos, mas eu tive a sorte de conservar algumas. A mais antiga é mesmo uma foto em vidro (um “daguerreótipo”) do próspero comerciante nascido em Oliveira e que viveu no Porto e depois no Rio, Antº Ferreira da Silva (1802-91) e que é meu tio-tetravô. Deve datar de 1860 (?) ou antes. Ele foi pai do actor Ferª da Silva e sogro da famosa actriz Virgínia, ambos com nome de rua em Lisboa.Depois, há uma fotografia de 1874, com o meu trisavô de Faria (em Cucujães), as irmãs, um irmão e seu pai, o velho Correia, da Pica. Outra, de Santiago, com a mãe e a avó da bisavó Dores (e um tio). E outra, do avô desta, na velhice (J. J. da Costa Nunes, soldado de D. Pedro, 1795-1884).
12 O tal referido parentesco com os Luiz Gomes). A minha bisavó oliveirense, Dores, foi filha de Joaquim Ferª de Castro (comerciante republicano na Bahia, 1827-1913). Este era filho do citado Costa Nunes (n. 1797), o qual foi casado com Luísa Ribeiro (1793-1887), da casa do Salgueiro (Santiago). A mãe desta (Luísa de Castro, de Ossela) morreu nova; e seu pai (meu tetravô Antº José Ribeiro) casou em 2ª núpcias no Salgueiro; uma das suas filhas (Joaquina Valente) casou em S. Martinho; e uma filha desta, Ana Joaquina, é a mãe do famoso ministro.