O desejável da Educação é que esta preparasse todos os nossos jovens para o futuro. Hoje, o conhecimento é muito fraturante e dinâmico. O futuro, pouca gente o saberá antecipar. No entanto, há áreas na Educação, que por muito que passem os anos, por muito que se olhe para o passado e para o presente, que estão sempre “atualizadas”, nomeadamente, na forma como se instruem os alunos para a curiosidade, para a descoberta, para a emoção, para os valores e para o humanismo. Em Portugal, na atualidade, somos confrontados com grandes desafios, e a “Escola” deve percebe-los e enfrentá-los. O 1º Desafio - tentar assegurar que a diversidade cultural seja respeitada. Aceitar e assumir as diferenças é melhorar o nosso “sistema” de ensino. Neste campo devemos inserir todos os alunos, imigrantes e outros, mas também devemos exigir igualmente uma capacidade de adaptação à cultura escolar. É um risco tentar uniformizar os sistemas de ensino, pelo que a diversidade deve ser, no mínimo, respeitada. O 2º Desafio- promover a excelência do ensino, dos professores, dos alunos e do processo. Pessoalmente, acredito muito na adversidade e na dificuldade como os principais fatores de desenvolvimento humano. Qualificar os nossos alunos é algo decisivo para o nosso País. O facilitismo não leva a lado nenhum. Para tudo isto acontecer é necessário que a rede escolar estabilize, o corpo docente se fixe e que se invista na excelência das áreas de ensino. 3º Desafio - apostar na inovação. Inovar significa criar novas valências. Inovar é aplicar estratégias para a criatividade, para a curiosidade, para a aquisição de competências que promovam a diferença, na aquisição de competências tecnológicas, de enfrentar desafios, criar expetativas e assumir o confronto. 4º Desafio - trabalhar em rede. Abrir a Escola para o tecido empresarial, tecnológico e comunitário. Promovendo sinergias de ação e de integração bidirecional. 5º Desafio - educar para os valores. E devemos começar pelos pais. Torna-se difícil se os pais quiserem passar a responsabilidade para as instituições e não assumirem a sua obrigação. Educar para os valores, para a ética e para ecologia é uma missão tão possível como fundamental. Aqui ninguém pode fugir à sua responsabilidade. Em todos estes desafios, há áreas que são extraordinariamente estratégicas e capazes de ajudar a cumprir a sua consecução, nomeadamente, a Educação Física e o Desporto Escolar.
A melhoria da qualidade de vida, o desenvolvimento tecnológico, os direitos, os deveres, a formação para a ecologia, o respeito pela diversidade, a capacidade executiva e a capacitação, são aspetos fundamentais para a formação de cidadãos ativos, interventivos e decisórios. O desporto é uma área nuclear para a formação das nossas crianças e jovens. É mesmo preciso investir nesta área. Sem jovens que saibam enfrentar as dificuldades e enfrentar desafios, mascarando-se no facilitismo, sem autonomia, o futuro será mais incerto.