1. A Igreja celebra em 01 de dezembro o I Domingo do Advento. Com ele dá início a um novo ano litúrgico que tem como pontos principais a Páscoa e o Natal.
O Advento é tempo de preparação para o Natal. É um tempo de verdadeira espera, de alegria e de preparação para receber Jesus. Consta de quatro semanas. Principia com as I Vésperas do próximo domingo e termina com as I Vésperas do Natal do Senhor.
2. São grandes personagens do Advento João Batista e a Virgem Maria.
João Batista lembra a necessidade de conversão. Será figura central no Evangelho da semana a partir da quinta-feira da segunda semana, até ao dia 16.
Maria, a serva do Senhor, que se entregou nas mãos de Deus e esperou alegremente a Sua vinda ao mundo, é a Senhora do faça-se; do sim à vontade de Deus.
A partir do dia 17 o Evangelho recorda a infância de Jesus, narrada por Mateus e por Lucas, onde se põe em relevo a figura de José e de Maria.
3. O Advento tem duas partes, que nos lembram as duas vindas do Senhor. A primeira, até 17 de dezembro, alerta para a segunda vinda, em dia que não sabemos; a partir do dia 17 somos convidados a pensar na primeira, acontecida há mais de dois mil anos.
O tempo intermédio entre estas duas vindas – o que estamos a viver - deve ser dedicado a pôr em prática a mensagem que na primeira vinda Jesus nos trouxe: o mandamento novo do amor. É também convite a que tomemos consciência das diversas presenças de Jesus no meio de nós: na Palavra, na Eucaristia, nas assembleias reunidas em seu nome, nos outros.
4. O Advento é um tempo marcado pela sobriedade: no adorno da igreja, na música que anima as celebrações, na vida de cada um.
Na Missa não se recita o Glória. Os paramentos são roxos, exceto no terceiro domingo, Gaudete (alegrai-vos), em que podem ser cor de rosa.
É também convite ao recolhimento.
A vivência do Advento deve ser caraterizada pela prática de quatro virtudes: a fé vigilante, a alegre esperança, a conversão contínua, o testemunho cristão.
5. A vivência do Advento convida a pensar em que Natal queremos celebrar: se o de Jesus ou o do pai natal; se o de uma vivência cada vez maior do Evangelho, centrada no amor mútuo, ou o do consumismo; se o da prática da solidariedade ou o do esbanjamento.
Que se prepare o Natal no coração de cada um, eliminando dele sentimentos que lá não devem estar. O verdadeiro presépio deve ser montado aí.
Um cristão consciente não celebra outro Natal que não seja o do amor, da fraternidade, da reconciliação, da paz.
6. Para este Advento/Natal há uma mensagem dos nossos Bispos, de que destaco:
«Na oração sustentamos a vida, no seu sentido mais poliédrico, mas também crescemos, cultivando virtudes: a fé sólida e inabalável; a caridade fraterna e comprometida; a esperança alegre e pacificadora.
Só assim entendemos que o Jubileu 2025 tenha assumido como tema “Peregrinos de Esperança”, que se abrirá na nossa Igreja Particular no dia 29 de dezembro, domingo e festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, com uma peregrinação simbólica de todos os Arciprestados à Catedral.
É para trilharmos juntos este caminho que convocamos todos os cristãos da Arquidiocese de Braga: crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos, doentes, presos, institucionalizados, famílias, agentes de pastoral, associações, grupos e movimentos de apostolado, políticos, governantes, pessoas de boa vontade, consagrados, diáconos, presbíteros... Com todos, queremos ser “Peregrinos de Esperança”!»