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O “ADJUTÓRIO” TELEVISIVO LISITANO

 

 

Sem dúvida que a televisão, nos dias que correm, é um poderoso meio de persuasão da opinião pública e, por conseguinte, do eleitorado. Esta afirmação, cuja autoria desconheço, está muito em sintonia com aquilo que, por vezes, se passa nos canais da televisão nacional. E nem é preciso ir-se mais longe, basta lembrarmo-nos do tempo de emissão que todos eles dedicaram às últimas eleições nos Estados Unidos da América (EUA) e tirarmos as devidas conclusões sobre muitas das preleções debitadas sobre o assunto. 

Por exemplo, o parcial teor das palavras proferidas por alguns correspondentes – em solo americano – dedicadas a um dos candidatos em confronto. Selecionando ditos e imagens por forma a condicionarem a candidatura republicana à corrida à presidência dos EUA. Porém, com retórica afinada, quase sempre, pelo diapasão da dos bons – os democratas. Envolvendo a aspirante Kamala Harris, numa aura de santidade, apesar da sua promessa de matança de inocentes através do aborto.

O mesmo sucedendo em terras lusas com certos comentadores, analistas e outros anti-25 de Novembro de 1975, saudosistas do ido PREC, que não se fartavam de descarregar o seu fel odioso sobre o abominável Donald Trump. Escolhendo, a dedo, as narrativas que lhes convinham para persuadir os telespectadores de que com o tipo seriam as trevas no Universo.

Pergunto: adiantou de alguma coisa a esses senhores(as) classificarem Trump de fascista, nazi, racista, xenófobo, como uma espécie de chancela indicadora de um hipotético satânico carrasco da Europa e do mundo? A meu ver deviam é meditar na sua própria parcialidade antidemocrática, já que a maioria votante assim não entendeu. Reelegendo-o para a Casa Branca, Câmara dos Representantes e Senado, apesar do que é acusado. Ou, será que neste caso, já não é o povo quem mais ordena ou, também, duvidam do sentido de voto da populaça?

Sabem que mais? Com opinion-makers assim, não me surpreenderia a cambalhota opinativa que dariam se o ex-Primeiro-Ministro, José Sócrates (quase limpo das dezenas de processos de lesa-pátria), acaso ele se candidate às presidenciais em 2026. Por isso, bem podem chorar baba e ranho, revoltados com a vitória dos maus, ou seja, dos republicanos, que na democracia da América, ainda, é o povo quem mais ordena.

Sem emenda, essa mesma gentalha da TV vai apostando no mau presságio de que o reeleito vilão irá negar o abono de família à União Europeia (EU), Ucrânia e NATO. E para ficar ok na selfie do politicamente correto, anda num frenesim à volta das figuras que Trump vai a escolhendo para a administração americana, à espera de Trump’alhadas com o labaredas do Elon Musk & Cª. Contudo, o que me faz impressão é que naquele populoso país – com mais de 340 milhões de cidadãos – não houvesse ninguém mais qualificado do que a wokista Kamala e o populista Trump? 

É que não basta à senhora vir dizer que a culpa do desaire foi a de ter chegado tarde à campanha. Juízo! Pesou foi o facto de ter enveredado por uma linha fraturante, de extrema-esquerda. Mormente por ter posto de lado a economia do país e as condições de vida dos trabalhadores. Tendo o seu opositor optado pelo discurso (pelos vistos malévolo) de uma América economicamente forte, com abundância de emprego, travão à inflação e à avalanche de imigração.

No entanto, a maioria desses profetas da desgraça acham não haver perigo algum que os seus camaradas Xi Jinping, da China, e Kim Iong-un, da Coreia do Norte, sejam deixados à rédea solta. Isto é, a firmarem não só parcerias estratégicas entre países da mesma corda, como intercâmbio de armamento militar ofensivo. Sobretudo, com a Rússia e o Irão, principais financiadores dos grupos terroristas do Hamas, Hezbollah e outros. 

Enfim, duvido se não serão esses artistas do “adjutório” televisivo Lusitano – que dividem os eleitores americanos em bons, maus e vilões – os acólitos à proliferação na UE não só do wokismo global, como do fanatismo islâmico.

Narciso Mendes

Narciso Mendes

25 novembro 2024