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Árvores no meio dos passeios

Quem anda a pé pela cidade, facilmente se apercebe do estado lastimoso e, até, perigoso dos passeios que bordejam algumas ruas. Os cidadãos estão, de facto, sujeitos a terem problemas com potenciais trambolhões. A imagem exposta é eloquente e clara. Esta situação deveria fazer reflectir o departamento do Ambiente da Câmara Municipal (CM) para tomar medidas, pelo menos, preventivas.

Colocar árvores de grande porte no meio dos passeios é um erro urbanístico, uma acção bizarra de embelezamento e um tanto irresponsável pelos danos que podem causar às pessoas. A degradação dos passeios da cidade é notória. Além de ser um obstáculo severo à livre circulação das pessoas é também um factor que pode causar acidentes, dado os montículos caóticos de materiais do pavimento que se levantam pela força das raízes. 

Já é tempo da equipa do Ambiente vistoriar esses passeios citadinos e fazer o respectivo abate dessas grandes árvores que estão fora do seu espaço natural. 

A cidade precisa de árvores. De muitas árvores. Sem dúvida. Mas, nunca nos passeios. Uma CM sensível ao problema do Ambiente deveria investir forte nesta área e preocupar-se em criar grandes espaços, Criar parques florestais e de lazer. A cidade precisa de instalar nesses Parques as condições necessárias e suficientes, para que árvores e as pessoas possam conviver saudável e naturalmente.

Uma CM que está mais interessada em fazer propaganda e a fazer compras de títulos de qualidade para elevar fantasiosamente a imagem da cidade, tem que descartar as pequenas, mas grandes coisas, que se passam pela urbe. Uma delas prende-se com os “espaços verdes”.

É tempo, por exemplo, de resolver o imbróglio do Parque das Sete Fontes. Nem ata, nem desata. E anda-se nisto há três mandatos. Por que razão não se constrói o famoso Parque Norte? Os terrenos desapareceram para outros fins? Porque não aproveitar as bouças da zona do Carvalhedo, junto ao Campo de Aviação, nas freguesias de Dume e de Palmeira? Seria, de facto, uma boa aposta até para salvar a “honra” e o caderno de promessas de 12 anos de poder de Ricardo Rio que corre o risco de ficar riscado da história dos presidentes de Câmara com obra.

Armindo Oliveira

Armindo Oliveira

21 novembro 2024