1 - Já não consigo ouvir Pedro Nuno Santos (PNS) nas TV’s. Não consigo mesmo. Não é por ser um tipo chato. Mas por ser um político chatérrimo, tipo catavento: ora, aprova, ora não aprova. Ou noutra versão mais estrelada: ora avança com condições, ora recua conforme os ventos do Rato. Também não consigo ouvi-lo, não é pela voz monocórdica que lhe sai sempre azeda das cordas vocais a precisar de remendos, mas pelas tretas gastas que se arrastam em demasia nas caixas mágicas. Como é possível aquela sonoridade guinchada não acompanhar a voz da sua consciência?! Boa consciência, sensatez e responsabilidade é o que tem faltado a este líder esquerdista e ao seu partido. Não consigo ouvi-lo pela falta de memória que manifesta e o querer trespassar para os desmemoriados da plateia os problemas que causou ao país. Desmemória não rima mesmo com democracia. Com progresso. Com competência. A democracia merece e exige memória. E consciência. E muita responsabilidade. Assumir os actos da pegada no exercício governativo é crucial. Não se pode virar a página de qualquer maneira, só por haver conveniência para isso. Só se poderá virar a página, quando esta for bem lida, percebida, compreendida e entendida. Virar a página, porque dá jeito, para esconder as tropelias, não é correcto. É uma canalhice à moda dos políticos de meia tigela. PNS é um político fraco que mostra exuberância e com uma atitude arrogante. Não vai longe!
O excessivo tempo de antena que lhe dão, já funciona ao contrário. E ele, o líder do Rato, não se apercebe disto. Esse tempo excessivo desgasta-o. E desgasta quem o ouve.
2 - Esgotei a paciência com esta criatura que inculcou naquela cabeça movida a altas ambições que alimentam a sua portentosa matriz ideológica que um dia seria primeiro-ministro de Portugal. Não acredito que o país aguente este artífice geringoncista para tão importante tarefa de conduzir os destinos de todos com equilíbrio e sensatez! Não acredito que este político, desvairado, se esqueça das atoardas que enviou aos banqueiros alemães! Não acredito que se esqueça do seu passado recente à frente do ministério das Infra-estruturas que, num acto leviano, “depositou”, a fundo perdido, 3,2 mil milhões de euros dos impostos dos contribuintes na incontornável empresa de bandeira TAP! Não acredito que se esqueça que pugnou contra ventos e tempestades pela renacionalização da nossa “sui generis” companhia aérea e depois tivesse entrado na rota da privatização! Não acredito que se esqueça que “untou bem as mãos” (50 milhões de euros) a Neeleman para que este fosse de guias da empresa! Não acredito que se tivesse esquecido das cenas hilariantes e patéticas que fez em directo nas TV’s a propósito do anúncio da localização do novo aeroporto! Não acredito mesmo que esta figura altiva, vazia e de olhar sonso possa um dia alojar-se no casarão de São Bento!
3 - PNS não tem estatuto, nem atributos, talvez, nem maturidade que lhe permitam sequer sonhar com a remota possibilidade de chefiar um governo. O caso da novela do Orçamento de Estado, em constante exibição, revela bem o seu grau de convergência com as necessidades prementes do país. Neste momento, e depois de oito anos e meio de estagnação económica e de debilitação dos serviços públicos, seria preciso uma postura moderada, de aproximação e de grande empenho para atenuar os problemas sociais, educativos e sanitários que estão na primeira linha das preocupações das pessoas. Não. O que se vê, é jogo político estéril e crispação a rodos que só têm o condão de afastar ainda mais o eleitor das coisas da democracia.
4 - Esta “luta assanhada” pelo poder acontece, porque os neo- socialistas não aceitam estar na oposição. Querem o poder de todas as maneiras e feitios. Não olham a meios para o conseguir. Como, por incapacidade e incompetência, não conseguiram segurar a maioria absoluta, agora tentam infernizar a governação da AD. Tiveram azar. Encontraram um líder forte que lhes bate o pé. Montenegro já mostrou que tem estofo, argumentos e coragem para os enfrentar e colocá-los no lugar que o eleitor lhe destinou. Ou seja, pô-los na oposição. E se fizerem bem esse papel já seria bom e positivo.
Remate final: os romanos já diziam: na parte ocidental da Península Ibérica há um “partido” que não governa nem deixa governar. Palavras proféticas e realistas que se encaixam bem na mentalidade política dos neo-socialistas: não sabem governar, nem deixam governar. Nem mais!