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Orgulho Nacional

 

 

Portugal começou por ser um exportador de homens e mulheres indiferenciados. A mais célebre exportação deu origem à série, a mala de cartão. Depois vieram os jogadores de futebol que se tornaram ícones nacionais: Eusébio, e mais recentemente Ronaldo, levaram o nome de Portugal aos mais distantes continentes. Seguiram-se os treinadores de futebol numa emigração de valor monetário que os clubes portugueses nunca poderiam ou talvez nunca poderão satisfazer. O atletismo, a natação, a canoagem, o triplo salto, deram enorme projeção mundial; fizeram ver, várias vezes, a bandeira da pátria flutuar ao vento do orgulho nacional nos topos dos mastros. Tanto homens como mulheres obrigaram que os sentidos do mundo sentissem que existe uma pequena faixa de terreno à beira mar da península ibérica maior que o seu tamanho , igualando em muitos aspetos desportivos, uma grande potência. Veio a Europa, primeiramente com os comissários políticos onde abundam elogios às suas prestações. Sem querermos ignorar alguns avultam na nossa lembrança, nomes como António Cardoso e Cunha, João de Deus Pinheiro, António Vitorino, Carlos Moedas, Elisa Ferreira. Fizeram o seu trabalho e elevaram novamente o prestígio de Portugal. Pensaram certamente, este povo também tem cérebros brilhantes. A tal ponto foi a qualidade destes portugueses que outros se alcançaram a lugares de outro púlpito. Durão Barroso Presidente da Comissão Europeia, António Guterres Secretário-geral da ONU e ultimamente e igualmente importante e de grande visibilidade e prestígio europeu e mundial, António Costa como Presidente do Conselho Europeu. Afinal não exportamos apenas força física, mas também músculo cerebral. Há quem não entendesse assim e até se opusesse à eleição de António Costa! Cegueira ideológica que turva a vista e escurece o entendimento. Não se tratava de eleger um socialista, tratava-se de eleger um português; se me é permitido ir mais longe deixem-me pensar que a alegria de nós todos tem o orgulho de todos nós, com cimento de base nacionalista; os que preferem a migalha do que o bolo pensam pequeno. Ainda outros há que não querem, por motivos desconhecidos, identificar os êxitos pessoais., aos êxitos nacionais. Não sei onde os devo situar, mas sei onde não os encontro: na alma e orgulho de ser português.

 

Paulo Fafe

Paulo Fafe

8 julho 2024